O ministro do Turismo, Celso Sabino, reagiu veementemente à decisão do União Brasil de abrir um processo de expulsão contra ele, classificando a ação como “açodada, apressada e errada”. As declarações foram feitas na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (14), após Sabino visitar colegas parlamentares.
Permanência no Governo e na Liderança do Turismo
Filiado ao União, Sabino reafirmou seu compromisso com o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu estou no governo, estou com o presidente Lula. Essa foi uma decisão que eu tomei de responsabilidade com os projetos que estão acontecendo. Eu não seria covarde em abandonar os projetos na fase final de entrega”, declarou o ministro, enfatizando a importância de concluir as iniciativas em andamento.
Sabino ressaltou que uma parte significativa da bancada de deputados do seu partido apoia sua Permanência no cargo, especialmente diante da proximidade da Conferência das Partes (COP-30), que será realizada em Belém do Pará em novembro. “Boa parte dos deputados está junto comigo, me apoia e entende da mesma forma. Nós estamos a menos de 30 dias do começo da COP. Eu acho que a decisão do partido foi uma decisão açodada, apressada e errada”, reiterou.
Defesa no Processo Interno e Desempenho no Ministério
O ministro informou que já está apresentando sua Defesa no processo interno aberto pelo União Brasil. “Estou me defendendo lá no processo que abriram contra nós”, disse. “Vamos seguir na nossa defesa para tentar mostrar que a coisa pública deve se sobressair aos interesses políticos e partidários”, completou.
Sabino defendeu seu trabalho à frente do Ministério do Turismo, citando que os resultados positivos falam por si. “A gente vem fazendo um bom trabalho no Turismo. Isso aí não sou eu que vou falar, os números falam nesse sentido. Penso inclusive que o partido deveria se beneficiar desse resultado, para mostrar o quanto tem contribuído”, argumentou.
Alinhamento com o Planalto e Contexto Partidário
O ministro avaliou positivamente a estratégia do Palácio do Planalto de exonerar indicados de partidos que não demonstram apoio aos projetos do governo no Congresso Nacional. “É mais quem quer estar do lado do governo. É o momento de avaliar quem quer estar, está. Quem não quer estar, não é obrigado a estar. O governo é a noiva”, comentou.
A decisão do União Brasil de exigir a exoneração de filiados com cargos no governo ocorreu há cerca de um mês, após o partido decidir desfazer a aliança com o presidente Lula. Sabino, no entanto, mantém sua posição no Ministério do Turismo, pasta que ocupa desde agosto de 2023, em um movimento que foi influenciado pela própria legenda, que conta com 59 deputados na Câmara.
Fonte: Estadão
