Serviços Avançam 0,1% em Agosto e Quebram Recorde com Desaceleração Lenta

Setor de serviços do Brasil avança 0,1% em agosto, atingindo novo recorde, mas mostra sinais de desaceleração lenta. Entenda o cenário.
Setor de Serviços Agosto IBGE — foto ilustrativa Setor de Serviços Agosto IBGE — foto ilustrativa

O setor de serviços mostrou resiliência em agosto, registrando um crescimento de apenas 0,1% em relação a julho. Apesar da modesta expansão, o volume de serviços prestados no País atingiu um novo patamar Recorde na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Economistas projetam que o setor encerrará o ano com expansão superior a 2%. Essa expectativa é impulsionada por estímulos governamentais, como o aumento de gastos, a liberação de recursos do FGTS e o incentivo à concessão de crédito. No entanto, outros dados de atividade indicam que a economia brasileira como um todo está em desaceleração, com um crescimento previsto menor do que o de 2024, reflexo do impacto dos juros elevados no investimento e no consumo.

Resiliência e Recordes Históricos do Setor

Os avanços contínuos no volume de serviços prestados são um indicativo da forte resiliência do setor. Segundo o IBGE, o setor de serviços tem renovado seus ápices mês a mês, mantendo-se em patamares elevados. Essa consistência demonstra a força e a capacidade de adaptação do segmento, mesmo com crescimentos que, em bases elevadas, exigem mais para apresentar grandes saltos em magnitude.

Desempenho Acumulado e Segmentos Impulsionadores

O setor de serviços acumulou um ganho de 2,6% ao longo de sete meses consecutivos de altas, de fevereiro a agosto. O segmento de tecnologia da informação tem liderado os ganhos nesse período, mas a recuperação do setor de transportes também tem sido um motor importante para a média global dos serviços. O transporte de passageiros e de cargas tem contribuído significativamente para esse bom momento.

Análise Detalhada das Atividades em Agosto

Na passagem de julho para agosto, a expansão de 0,1% no volume de serviços foi acompanhada por resultados positivos em quatro das cinco atividades pesquisadas. Os serviços profissionais, administrativos e complementares se destacaram com uma elevação de 0,4%, acumulando 2,0% em quatro meses de expansão.

Outras atividades que apresentaram crescimento foram transportes (0,2%), serviços prestados às famílias (1,0%) e outros serviços (0,6%). A única atividade a registrar retração foi a de informação e comunicação, com -0,5%.

Perspectivas Econômicas e Desaceleração Gradual

A avaliação geral é de uma atividade econômica ainda aquecida, mas em processo de desaceleração gradual. A economia brasileira continua a apresentar um bom ritmo, sustentado por um Mercado de trabalho próximo do pleno emprego e por uma massa salarial em níveis historicamente elevados.

Apesar da força do setor de serviços, a tendência de desaceleração em outras áreas da economia sugere um cenário de crescimento mais moderado para o País, com o impacto dos juros altos atuando como um fator de contenção para investimentos e consumo.

Fonte: Estadão

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