PGR rejeita prisão de Eduardo Bolsonaro e questiona legitimidade de deputados

PGR é contra prisão de Eduardo Bolsonaro, contestando legitimidade de deputados que fizeram o pedido. Análise do caso STF.
Deputado Eduardo Bolsonaro em sessão plenária da Câmara dos Deputados, em notícia sobre parecer da PGR sobre pedido de prisão. Deputado Eduardo Bolsonaro em sessão plenária da Câmara dos Deputados, em notícia sobre parecer da PGR sobre pedido de prisão.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, posicionou-se contra o pedido de Prisão preventiva do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A manifestação ocorreu após solicitação dos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Taliria Petrone (Psol-RJ), e atende a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido de prisão foi feito no contexto de uma ação em que Eduardo Bolsonaro é acusado de coagir autoridades em benefício de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro Alexandre de Moraes havia concedido um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre a solicitação.

Análise da Legitimidade dos Pedidos

Paulo Gonet argumentou que os deputados federais que apresentaram o pedido de prisão não possuem legitimidade processual para atuar no caso. Ele destacou que, embora reconheça o empenho dos parlamentares, a legislação impede que eles postulem no feito dessa maneira.

“Sem embargo do denodo com que atuam os parlamentares que deram o pedido a protocolo, suas excelências, não estão habilitadas no feito (…) o que lhes subtrai a legitimidade processual para postular no feito”, declarou o procurador-geral. Ele ressaltou, contudo, que a PGR avaliará a necessidade de medidas cautelares em momento oportuno.

“De toda sorte, a PGR se reservará à avaliação, em instante que estime oportuno, de eventual requerimento de medidas cautelares, inclusive no que tange ao aspecto da sua viabilidade efetiva”, acrescentou.

Eduardo Bolsonaro em sessão no plenário da Câmara dos Deputados.
Eduardo Bolsonaro em sessão na Câmara.

Acusações e Medidas Cautelares

No processo sob relatoria de Moraes, a PGR investiga se Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo articularam sanções contra membros do Judiciário. O objetivo teria sido coagir ministros que julgam o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos residem nos Estados Unidos.

Lindbergh Farias e Taliria Petrone justificaram o pedido de prisão alegando a necessidade de proteger a ordem pública e econômica, a instrução criminal e a aplicação da lei penal. Eles citaram a “constância de manifestações golpistas” e a “intensificação” da articulação contra o Brasil promovida por Eduardo no exterior.

Além da prisão, os parlamentares solicitaram o bloqueio de subsídios, cotas e verbas parlamentares destinadas a Eduardo Bolsonaro. Gonet, entretanto, indicou que tais pedidos podem ser objeto de futura provocação formal pelos deputados em instâncias cíveis adequadas.

Este caso envolve o deputado federal Eduardo Bolsonaro e a atuação do ministro Alexandre de Moraes no STF, com parecer do procurador-geral Paulo Gonet.

Fonte: Valor Econômico

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