O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou nesta terça-feira (14) a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que o ministro o usa indevidamente. A declaração surge após um embate público entre os dois na semana anterior, quando Haddad acusou Tarcísio de agir em detrimento dos interesses nacionais para proteger o Mercado financeiro da Faria Lima, após a derrubada da Medida Provisória (MP) do IOF. Em resposta, Tarcísio publicou um vídeo pedindo que Haddad tivesse “vergonha”.


Tarcísio de Freitas negou ter agido nos bastidores para impedir a aprovação da MP, apesar de relatos de parlamentares e dirigentes partidários indicarem o contrário. Em Entrevista, o governador paulista enfatizou a preocupação geral com a questão fiscal do Brasil, um tema que, segundo ele, afeta a todos, incluindo o setor produtivo e o próprio Governo.
O Rumou Fiscal do Brasil em Debate
“Está todo mundo preocupado com a questão fiscal. Está todo mundo preocupado com o rumo fiscal do Brasil. Acho que o setor produtivo está preocupado, nós também. Porque a gente não quer lá na frente ter um dissabor. Lá na frente a gente não quer ver o Brasil flertando com superendividamento, com inflação alta e com, eventualmente, recessão”, declarou Tarcísio. Ele ressaltou a importância de buscar o melhor para o país, sem desejar o fracasso de políticas econômicas.

O governador paulista também comentou sobre a arrecadação federal, destacando que, apesar de o Brasil ter atingido R$ 3 trilhões em arrecadação em outubro, com o índice de arrecadação chegando a 19,5% do PIB, o país projeta um déficit primário. Ele alertou que a relação dívida/PIB tem aumentado, o que considera perigoso para o Brasil e para a economia nacional. “Ajustes são necessários e a gente torce para que esses ajustes sejam feitos”, concluiu.
Desafios Fiscais e Arrecadação em Alta
Tarcísio de Freitas lembrou que a temática fiscal exige atenção constante. Ele apontou que em outubro a arrecadação federal alcançou R$ 3 trilhões, com a relação arrecadação/PIB em 19,5%, mas, mesmo assim, há uma projeção de déficit primário. Além disso, o déficit nominal tem elevado a relação dívida/PIB, um cenário que, segundo o governador, representa um risco para o futuro econômico do país. A expectativa é que o governo tome medidas para conter esses indicadores.

O governador paulista evitou comentar um desentendimento público entre o senador Ciro Nogueira e o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Fonte: InfoMoney