Derrite critica PEC de Segurança de Lula e fala como pré-candidato ao Senado

Guilherme Derrite critica PEC de Segurança Pública do governo Lula e fala sobre sua pré-candidatura ao Senado. Entenda os detalhes da proposta.
PEC da Segurança Pública de Lula — foto ilustrativa PEC da Segurança Pública de Lula — foto ilustrativa

O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), criticou o governo Lula durante sua participação na Comissão Especial sobre Competências Federativas do setor no Congresso. Derrite, que é cotado para ser candidato ao Senado por São Paulo com apoio de Jair Bolsonaro, atacou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, idealizada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Segundo o secretário, a proposta do governo visa “engessar estados” enquanto oferece “repasses irrisórios”.

PEC da Segurança Pública em Debate no Congresso

A PEC da Segurança Pública foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em julho, mas aguarda análise do plenário. O relator da proposta, Mendonça Filho (União-PE), indicou que a votação pode ocorrer na primeira semana de novembro. No entanto, o texto alterado ainda enfrenta insatisfação de deputados bolsonaristas, que votaram contra na CCJ, argumentando uma concentração excessiva de poder na União.

Guilherme Derrite defendeu que as políticas de segurança pública não devem ter um caráter “personalíssimo” e criticou a centralização de diretrizes pelo Governo federal. “O governo quer dizer onde as diretrizes devem trabalhar, mas não que financiar, além de não trazer fontes para o Fundo Nacional de Segurança Pública, que traz valores irrisórios”, declarou o secretário.

Audiências de Custódia e o Combate à Criminalidade

Em relação às audiências de custódia, Derrite sugeriu que o mecanismo precisa ser repensado. “O que vai resolver o problema da segurança é a resolução dos mecanismos que trazem impunidade. As audiências de custódia libertam até sequestradores”, afirmou. Ele também defendeu a necessidade de criar critérios objetivos para a conversão de prisão preventiva para reincidentes em crimes com ameaça e violência, classificando a situação como um “Câncer maligno” que estimula a continuidade da criminalidade.

Em tom de pré-campanha, Derrite apresentou números da segurança pública de São Paulo e sinalizou sua intenção de deixar a secretaria antes do prazo legal de desincompatibilização. A articulação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prevê sua saída até março, com o objetivo de reassumir o mandato de deputado federal e impulsionar seu projeto de candidatura ao Senado.

Derrite evitou comentar episódios de violência policial e declarações polêmicas que causaram desconforto em seu próprio governo, apesar da queda nos índices de homicídios e roubos em São Paulo, que contrasta com o aumento da letalidade policial.

“O Senado é importante para a direita, temos duas vagas no ano que vem. Tudo o que está sendo feito na Secretaria de Segurança vai nos gerar frutos à frente”, completou.

A cúpula do PL, partido de Bolsonaro, cogita uma candidatura de Derrite ao lado de Eduardo Bolsonaro, mas a participação do filho do ex-mandatário é considerada improvável. Outros nomes como Marcos Feliciano (PL) e Cezinha Madureira (PSD) também disputam a segunda vaga em São Paulo.

Fonte: InfoMoney

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