A Embraer projeta um futuro de crescimento substancial no médio prazo e aspira a uma expansão ainda mais ambiciosa a longo prazo. O CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, revelou o apetite da empresa por fabricar aeronaves de maior porte no setor de aviação comercial, mas sem descartar o desenvolvimento de jatos menores.
Nova Fase de Crescimento da Embraer
Durante um evento para analistas e investidores na Bolsa de Nova York (Nyse), onde a Embraer celebrou 25 anos de listagem, Gomes Neto destacou que a empresa está entrando em uma nova fase, ampliando sua presença global e investindo em eficiência e inovação. Ele ressaltou o “forte momento” de vendas, com resultados notáveis em receitas e lucratividade, e reiterou o foco em melhorias de eficiência.
Estudo para Novos Modelos de Aeronaves
A possibilidade de desenvolver aeronaves maiores ou menores no segmento comercial está sob intenso estudo pela Embraer. Essa avaliação é vista como crucial para identificar as “melhores oportunidades para continuar crescendo no futuro” e atende a uma das principais indagações de investidores estrangeiros. “Ainda não sabemos, estamos realizando muitas análises”, declarou o executivo. Em paralelo, a Embraer anunciou um pedido firme de 20 jatos E195-E2 da TrueNoord, especializado em leasing de aeronaves regionais, com um valor estimado em US$ 1,8 bilhão, além de direitos de compra para mais 30 aeronaves.
As ações da Embraer apresentaram valorização, refletindo o bom momento da empresa. No ano, a alta acumulada superou 40%, e o presidente destacou que o preço das ações atingiu o nível mais alto da história, com uma valorização expressiva nos últimos seis anos.
Retomada nas Entregas de Aviões Comerciais
Arjan Meijer, presidente da Embraer Aviação Comercial, prevê que a companhia retome o patamar de 100 entregas anuais de aeronaves comerciais em um a dois anos. Ele reconheceu que a cadeia de suprimentos ainda se recupera dos impactos da pandemia de COVID-19. Antes da crise sanitária, a produção anual girava em torno de 100 aeronaves, caindo para cerca de 50.
“Esperamos estar de volta aos 100 no próximo um ou dois anos. Estamos trabalhando nisso e atualmente estamos buscando crescer além disso”, afirmou Meijer. A linha de produção atual é mista, com cerca de 40% de jatos da geração E1 e 60% da E2. A empresa busca aumentar essa produção de forma responsável, explorando novas estratégias para alcançar níveis mais altos nos próximos anos.
Fonte: Estadão