OceanPact (OPCT3): BBI otimista com retorno de 52% e dividendos

O Bradesco BBI reiterou sua recomendação de compra para as ações da Oceanpact (OPCT3), estabelecendo um preço-alvo de R$ 10. A análise aponta para uma combinação de crescimento operacional com um potencial de destravar valor através de dividendos, seguindo uma tendência observada em empresas globais do setor, como DOF e Tidewater.

O banco destaca a significativa melhora operacional da empresa de serviços marítimos. O EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) projetado deve saltar de menos de R$ 200 milhões em 2021 para perto de R$ 1 bilhão, impulsionado por eventos de liquidez relevantes no horizonte. Esse cenário favorável, segundo o BBI, pode pavimentar o caminho para o início de uma política de remuneração aos acionistas.

Com base nas projeções atuais, o BBI estima a distribuição de dividendos na ordem de R$ 262 milhões em 2026 e R$ 574 milhões em 2027. Esses valores se traduziriam em um dividend yield de 17,5% e 38%, respectivamente. Assim, o retorno total projetado até o final de 2026 atingiria 52%, somando a valorização esperada de 34% da ação com os pagamentos de dividendos.

Eventual política de dividendos

Apesar de a administração da Oceanpact ainda não ter uma política de dividendos formalizada, a equipe do BBI observou uma postura favorável à remuneração acionária. A companhia citou alternativas limitadas para alocação de capital e um foco crescente no retorno de valor para os acionistas.

O BBI acredita que uma política formal poderá ser anunciada após a alavancagem da empresa cair abaixo de 2 vezes no próximo ano. Essa medida tem o potencial de atrair mais investidores e melhorar a liquidez das ações, atualmente com um ADTV (volume médio diário de negociação) de R$ 3,7 milhões, o que é considerado um ponto crucial para a alocação de grandes fundos.

Riscos e perspectivas

Por outro lado, os analistas do BBI identificaram riscos potenciais. Entre eles, destacam-se a alocação de capital em fusões e aquisições (M&A) com múltiplos elevados, aumentos significativos de capex (investimentos) e uma eventual alta na taxa de juros doméstica.

Ainda assim, a visão predominante é que a Oceanpact está bem posicionada para capturar Valor de mercado e acompanhar a tendência global de maior retorno ao acionista, especialmente com a queda prevista na alavancagem. A empresa de serviços marítimos busca consolidar sua posição e oferecer um retorno mais atrativo aos seus investidores.

Fonte: InfoMoney