Setor de Serviços do Brasil Avança em Agosto Pelo Sétimo Mês Consecutivo

O setor de serviços do Brasil apresentou uma nova expansão em agosto, marcando o sétimo mês consecutivo de crescimento e alcançando um novo Recorde histórico. Essa resiliência ocorre em um cenário de desaceleração econômica, influenciado pela manutenção da taxa de juros elevada.

Expansão Contínua e Recorde Histórico

O volume de serviços registrou uma expansão de 0,1% em agosto na comparação com o mês anterior, resultado alinhado às expectativas do Mercado. Essa é a sétima alta mensal consecutiva, totalizando um avanço de 2,6% no período, a maior sequência positiva desde fevereiro de 2022.

Na comparação com agosto do ano anterior, o volume de serviços cresceu 2,5%, demonstrando a força do setor.

Fatores de Impulso e Atividades em Destaque

A performance positiva do setor de serviços tem sido impulsionada pela robustez do mercado de trabalho e por medidas de estímulo à demanda, apesar da política monetária contracionista, com a taxa Selic mantida em patamares elevados.

Em agosto, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram o maior destaque, com alta de 0,4%. Segundo o IBGE, esse desempenho foi impulsionado por empresas de programas de fidelidade, cartões de desconto, atividades jurídicas e aluguel de máquinas e equipamentos.

Outras atividades que registraram ganhos incluem transportes (0,2%), serviços prestados às famílias (1,0%) e outros serviços (0,6%).

Setores em Queda e Recuperação do Turismo

A única atividade em queda foi informação e comunicação, com recuo de 0,5%, pressionada pelo suporte Técnico em TI e pela exibição e distribuição cinematográfica. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, explicou que o resultado cinematográfico foi impactado pela alta base de comparação em julho, mês de férias.

O índice de atividades turísticas mostrou uma recuperação em agosto, com crescimento de 0,8% sobre julho. Após três meses de resultados negativos, o setor de turismo ainda se encontra 2,0% abaixo do pico histórico registrado em dezembro de 2024. A alta recente é atribuída a uma base de comparação mais baixa, após a pressão de aumento de preços de passagens aéreas ter reduzido o volume de transporte aéreo nos meses anteriores.

Fonte: InfoMoney