A União Europeia aplicou multas de € 157 milhões (aproximadamente R$ 996 milhões) às Marcas de luxo Gucci, Chloé e Loewe. As sanções foram resultado de operações policiais e uma investigação antitruste da Comissão Europeia por violarem regras de concorrência ao limitarem a fixação de preços pelos distribuidores independentes.
Práticas anticompetitivas na indústria da moda
As três marcas, com sedes na Itália, França e Espanha, foram criticadas por restringirem a capacidade de seus distribuidores de definirem livremente os preços de seus produtos. Essas práticas são consideradas ilegais pela UE, pois resultam em preços mais altos para os consumidores. As infrações foram cometidas de forma independente pelas empresas, mas em períodos sobrepostos e envolvendo lojas físicas e online.
Mensagem à indústria do luxo
Ao punir as marcas simultaneamente, o Executivo europeu declarou a intenção de “enviar uma mensagem contundente a toda a indústria” do setor de moda. No entanto, os valores das multas foram reduzidos em virtude da cooperação das empresas durante a investigação. A Comissão Europeia busca garantir que a concorrência justa prevaleça no Mercado de luxo, promovendo preços acessíveis aos consumidores.
A Gucci, parte do grupo francês Kering, recebeu a maior multa, no valor de € 120 milhões. O grupo Kering declarou que a empresa está ciente da decisão e que essas práticas já não estão em vigor. A multa já havia sido prevista nas contas do primeiro semestre do grupo.

Sanções e conformidade
A marca francesa Chloé, pertencente ao grupo suíço Richemont, foi multada em cerca de € 20 milhões. Já a Loewe, marca espanhola sob o comando do gigante francês LVMH, terá que pagar € 18 milhões. A Loewe reafirmou seu compromisso em operar em estrita conformidade com a legislação de concorrência, indicando a importância da adesão às regras do mercado.
A investigação e as multas aplicadas pela UE reforçam a importância do cumprimento das normas de livre concorrência para empresas de todos os setores, especialmente no mercado de luxo, onde a percepção de valor e exclusividade pode ser afetada por práticas anticompetitivas. A União Europeia continua vigilante na aplicação de suas leis para proteger os consumidores e garantir um ambiente de negócios justo.
Fonte: Estadão