Gleisi Hoffmann pressiona BC por juros menores com setor produtivo

Gleisi Hoffmann pede que setor produtivo pressione o Banco Central para reduzir a taxa Selic, criticando a política de juros alta do atual presidente. Saiba mais.
queda nos juros — foto ilustrativa queda nos juros — foto ilustrativa

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), criticou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central (BC) sob a gestão de Gabriel Galípolo. Segundo Hoffmann, o Governo não possui “força” para alterar a curva de juros, mas apelou ao “setor produtivo” para que se una na pressão por uma redução.

“O Banco Central é autônomo e não podemos ter interferência no que eles fazem, não temos [governo] força para determinar. O que podemos fazer é criticar e eu estou criticando. O [Gabriel] Galípolo continuou essa escalada [de juros]. O setor produtivo também tem que pressionar o Banco Central [pela queda de juros]”, declarou a ministra em Entrevista ao SBT News. A fala ocorre em um momento de preocupação governista com o cenário econômico e a proximidade do ano eleitoral.

Preocupação Governamental com Juros Altos

O elevado patamar da Selic tem sido um ponto de atenção para o governo federal, especialmente devido ao impacto direto no Acesso ao crédito e no poder de consumo da população. A visão predominante entre os petistas é que o BC seria um dos responsáveis pelo atual desaquecimento da economia brasileira.

Cenário Inflacionário e Projeções Econômicas

Apesar das críticas, a inflação no Brasil ainda se mantém acima do teto da meta de 3%, com uma margem de variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Dados do último boletim Focus, divulgado pelo próprio Banco Central, indicam uma ligeira queda na projeção do IPCA para 2025, de 4,83% para 4,81%. A expectativa do mercado é que a queda nos juros comece a se concretizar apenas no próximo ano, com as discussões fiscais e o cenário externo como fatores influenciadores.

A autonomia do Banco Central é um tema recorrente no debate econômico. Especialistas divergem sobre o impacto de pressões políticas nas decisões monetárias. O governo, por sua vez, busca equilibrar o controle inflacionário com a necessidade de estimular a atividade econômica para impulsionar o crescimento e o consumo.

Fonte: Valor Econômico

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