Toffoli Veta Detrans em Retomada de Veículos; Acrefi Critica Decisão

Acrefi critica voto de Dias Toffoli no STF que veta atuação de Detrans na retomada extrajudicial de veículos. Entenda o impacto no mercado de crédito.
Detrans retomada extrajudicial veículos — foto ilustrativa Detrans retomada extrajudicial veículos — foto ilustrativa

A Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) manifestou forte crítica ao voto do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O voto de Toffoli considerou inconstitucional a participação dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) em processos de retomada extrajudicial de veículos. Essa decisão diverge do entendimento prévio do STF sobre a validade desse tipo de retomada, um mecanismo previsto no marco legal de garantias.

Contexto da Decisão do STF

Anteriormente, o STF já havia se posicionado pela validade da retomada extrajudicial de bens, inclusive veículos, sem a necessidade de decisão judicial prévia em casos de inadimplência. No entanto, o tribunal agora analisa um recurso apresentado pela Afojebra (Associação Federal dos Oficiais de Justiça do Brasil), que se opõe à atuação dos Detrans nesses procedimentos. O voto de Dias Toffoli vai de encontro a essa interpretação anterior, gerando apreensão no setor financeiro.

Ministro Dias Toffoli do STF em sessão.
Ministro Dias Toffoli em sessão do STF.

Impacto no Setor Financeiro e Críticas da Acrefi

A posição da Acrefi ressalta a importância dos Detrans como facilitadores na retomada de veículos, um processo essencial para a gestão de riscos e inadimplência no Mercado de crédito. A associação argumenta que a exclusão dos Detrans pode burocratizar e atrasar significativamente essas operações, afetando a eficiência do sistema de garantias. O crédito, especialmente o automotivo, pode sofrer impactos diretos, com potencial aumento de Custos para as instituições financeiras e, consequentemente, para os consumidores.

O Marco Legal de Garantias e a Busca e Apreensão

O marco legal de garantias busca agilizar a recuperação de bens em situações de inadimplência, otimizando processos que antes demandavam longas tramitações judiciais. A retomada extrajudicial, quando permite a participação de órgãos como os Detrans, representa um avanço nesse sentido, ao simplificar a logística e a documentação necessária. A decisão sob julgamento no STF pode reverter parte desse progresso, gerando insegurança jurídica para o setor.

Fonte: Valor Econômico

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