Ibovespa Fecha em Alta com EUA e China; Dólar Recua

Ibovespa fecha em alta impulsionado por declarações de Trump sobre China. Dólar recua. Saiba o impacto na bolsa e nas empresas.
Ibovespa fecha em alta — foto ilustrativa Ibovespa fecha em alta — foto ilustrativa

O Ibovespa encerrou o pregão em alta, seguindo o otimismo dos mercados globais, impulsionado pela postura mais conciliadora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China no campo comercial. O índice de referência do mercado acionário brasileiro avançou 0,78%, atingindo 141.783,36 pontos, com um volume financeiro de R$ 14,67 bilhões.

Após dias de tensões comerciais com ameaças tarifárias contra a China, Trump amenizou o discurso no Fim de Semana, declarando que “tudo ficará bem” e que os EUA não desejam prejudicar a segunda maior economia do mundo. Essa declaração teve efeito positivo nos mercados globais.

Gráfico do Ibovespa em alta no dia.
O Ibovespa registrou ganhos após declarações de Trump.

Contexto da Guerra Comercial e Repercussão nos Mercados

Nesta segunda-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou que Trump planeja se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul, e mencionou comunicações substanciais entre os dois lados no fim de semana. Essa perspectiva de diálogo acalmou os ânimos dos investidores globais.

De acordo com Nícolas Merola, analista da EQI Research, o movimento do Ibovespa é um “repique” impulsionado pelas sinalizações de Trump. “Trump colocou panos quentes nessa história, falou que não quer, de forma nenhuma, afetar o seu principal parceiro comercial, fez de tudo para amenizar um pouco do impacto que ele tinha causado nos mercados na sexta-feira”, comentou Merola.

Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 1,56%, refletindo o sentimento positivo generalizado.

Gráfico de Dólar em queda.
O Dólar recuou em meio ao otimismo no mercado.

Desempenho das Ações e Setores

As ações da Vale (VALE3) subiram 1,49%, em sintonia com a recuperação dos futuros do minério de ferro na China. Dados recentes indicaram um aumento de 10,6% nas importações chinesas de minério de ferro em setembro, alcançando um Recorde mensal. No setor de mineração e siderurgia, a CSN (CSNA3) liderou os ganhos com alta de 6,32%, seguida por Usiminas (USIM5) com 6,35% e Gerdau (GGBR4) com 2,13%.

Os bancos também apresentaram desempenho positivo: o Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,4%, Bradesco (BBDC4) valorizou-se 0,42%, Banco do Brasil (BBAS3) subiu 1,31%, e Santander Brasil (SANB11) registrou alta de 0,14%.

As ações da Petrobras (PETR4 e PETR3) subiram 0,97% e 0,94%, respectivamente. A alta foi impulsionada pela recuperação dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou em alta de 0,94%, a US$ 63,32, após ter registrado mínimas em cinco meses.

Notícias de Empresas e Setores Específicos

A Brava Energia (BRIV3) avançou 3,58%, recuperando-se de sete quedas consecutivas. A empresa estima um impacto de 3.500 barris de óleo equivalente por dia na produção de outubro devido à interdição de produção na Bacia Potiguar pela ANP.

A Petrorecôncavo (RECV3) subiu 2,96% após concluir a venda de 50% de sua participação e transferência da operação em sete concessões no Rio Grande do Norte para a Mandacaru Energia, por US$ 5 milhões.

Em contrapartida, a MBF (MBRF3) recuou 4,16%. Analistas da XP apontam um cenário desafiador para a empresa, com pressão nas margens da carne bovina nos EUA e normalização das margens de frango no Brasil. No setor, Minerva (BEEF3) caiu 1,07% e JBS (JBSS3) registrou baixa de 0,87% nos EUA.

O GPA (PCAR3) caiu 3,03%, após o anúncio de que André Coelho Diniz foi eleito presidente do conselho de administração. A família Coelho Diniz agora detém 24,6% do GPA. O Assaí (ASAI3) perdeu 2,07%.

A Raízen (RAIZ4) caiu 2,03%, renovando mínima histórica de fechamento. A empresa reafirmou que não considera reestruturação de dívida ou recuperação judicial. Analistas do UBS BB estimam que a Raízen precise levantar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões para ajustar sua alavancagem, mas não veem problema de liquidez imediato.

O dólar recuou a R$ 5,46 nesta segunda-feira, em ajustes após Trump aliviar seu discurso sobre a China, revertendo os ganhos expressivos de 2,38% registrados na sexta-feira.

Fonte: InfoMoney

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