Os filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), manifestaram publicamente sua insatisfação com a manutenção da Prisão domiciliar do pai. As declarações foram feitas por meio das redes sociais nesta segunda-feira, 13.
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Filhos de Bolsonaro rebatem decisão de Moraes
Carlos Bolsonaro utilizou a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, para classificar a decisão como uma “grave violação” e “indefensável”. Por sua vez, Flávio Bolsonaro referiu-se ao ex-presidente como um “refém”. A decisão de negar o pedido da Defesa para revogar a prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou a opinião da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“A manutenção de cautelares severas contra um indivíduo que não foi denunciado após a conclusão de um inquérito é indefensável. Sem acusação, os fundamentos que justificariam as restrições cessam. Insistir nessas medidas representa mais graves violações. Mas é contra Bolsonaro! Então pode tudo e o silêncio reinará absoluto”, declarou Carlos.
Investigação sobre obstrução
Jair Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar por ter supostamente violado medidas cautelares impostas durante uma investigação sobre obstrução do julgamento da trama golpista. O inquérito foi iniciado após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) começar a articular nos Estados Unidos a imposição de sanções contra membros do STF e outras autoridades brasileiras.
O ex-presidente é investigado pelo financiamento ao filho e por ser o potencial beneficiário das pressões direcionadas ao Supremo. A PGR, em 22 de setembro, denunciou Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo, acusando-os de orquestrar sanções para pressionar os ministros do STF a não condenarem o ex-presidente por golpe.
Apelo por liberdade e justificativa de Moraes
Em sua publicação, Flávio Bolsonaro compartilhou uma imagem do pai acompanhada das frases “Libertem Bolsonaro” e “70 dias preso e 21 dias sem denúncia”. O senador acrescentou: “Vamos continuar lutando pela liberdade deste refém, o melhor Presidente da história do Brasil”.
Em sua decisão, Alexandre de Moraes argumentou que as medidas cautelares permanecem necessárias devido ao “fundado receio de fuga do réu” e aos “reiterados descumprimentos das medidas cautelares”. O ministro também ressaltou que não houve alteração nos motivos que levaram à decretação da prisão e lembrou que, após o decreto, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado no processo da trama golpista.
Fonte: Estadão