Ouro atinge US$ 4.100 pela 1ª vez com tensões e juros baixos

Ouro atinge novo recorde acima de US$ 4.100 impulsionado por tensões EUA-China e cortes de juros do Fed. Veja análise e projeções.
Ouro atinge recorde — foto ilustrativa Ouro atinge recorde — foto ilustrativa
Barra de ouro de um quilo 09/10/2025 REUTERS/Ajeng Dinar Ulfiana

O ouro atingiu um novo Recorde histórico, superando a marca de US$ 4.100 a onça pela primeira vez. O metal precioso valorizou devido às crescentes tensões comerciais entre EUA e China e às expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

O ouro à vista subiu 2,4%, alcançando US$ 4.114,31 a onça, após ter registrado um pico de US$ 4.116,77. Os contratos futuros de ouro nos EUA para entrega em dezembro apresentaram alta de 3,3%, chegando a US$ 4.133,90.

A valorização acumulada do ouro neste ano é de 56%. Na semana passada, o metal já havia ultrapassado os US$ 4.000 pela primeira vez, impulsionado por incertezas geopolíticas e econômicas, a perspectiva de taxas de juros mais baixas nos Estados Unidos e compras expressivas por parte de bancos centrais.

Análise e Projeções para o Ouro

Phillip Streible, estrategista-chefe de Mercado da Blue Line Futures, projeta que o ouro pode continuar sua trajetória ascendente, com potencial para ultrapassar os US$ 5.000 até o final de 2026. Ele destaca que compras constantes de bancos centrais, entradas firmes em ETFs, tensões comerciais entre EUA e China e a perspectiva de juros mais baixos nos EUA fornecem um suporte estrutural robusto para o mercado.

Em linha com essa visão, analistas do Bank of America e do Société Générale esperam que o ouro atinja US$ 5.000 em 2026. O Standard Chartered elevou sua previsão para uma média de US$ 4.488 no próximo ano. No entanto, Suki Cooper, chefe global de pesquisa de commodities do Standard Chartered Bank, sugere que uma correção de curto prazo seria saudável para sustentar uma tendência de alta de longo prazo.

Fatores Geopolíticos e Econômicos Impulsionam o Metal

No cenário geopolítico, o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou as tensões comerciais com a China na última sexta-feira, o que abalou a trégua entre as duas maiores economias do mundo. Esse conflito comercial tem sido um dos principais catalisadores da alta do ouro, considerado um ativo de refúgio.

Simultaneamente, os investidores precificam uma probabilidade altíssima de cortes na taxa de juros do Federal Reserve: 97% de chance de um corte de 25 pontos-base em outubro e 100% em dezembro. O ouro, por não oferecer rendimentos, tende a se beneficiar de um ambiente de juros baixos, tornando-se mais atrativo em comparação com outros ativos.

A prata à vista também registrou alta, subindo 3,1% para US$ 51,82, e alcançando um Recorde de US$ 52,07. O metal segue os mesmos fatores que impulsionam o ouro, beneficiando-se do cenário de incertezas e da expectativa de juros menores.

Fonte: InfoMoney

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