O presidente Lula (PT) declarou nesta segunda-feira (13) que prioriza a qualificação e o preparo para a indicação de um novo ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração surge em meio à futura vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que se aposentará em breve.


Durante viagem oficial à Itália, Lula enfatizou que o critério principal para a escolha será a capacidade do indicado de cumprir a Constituição brasileira. “Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, eu quero uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte”, afirmou o presidente.

Critérios de Escolha para o STF
Lula reiterou que não busca um amigo para o cargo, mas sim um ministro comprometido com a Constituição. “Eu não quero um amigo. Eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira. É essa a qualidade que eu quero”, declarou.
A escolha para a vaga de Barroso, que se aposentará após 12 anos e 3 meses na corte, ainda não tem um nome definido. O presidente retornará ao Brasil nesta segunda-feira (13) e pretende dialogar com integrantes do governo antes de tomar a decisão.

Potenciais Candidatos e Cenários Políticos
Entre os nomes cotados, o atual ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, é considerado um favorito devido à proximidade com o presidente. Anteriormente, nas indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino, Lula priorizou a lealdade e a proximidade pessoal.
Por outro lado, o cenário político também aponta o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como um forte candidato. O nome de Pacheco conta com apoio significativo no Senado, e ministros do STF como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes já manifestaram apoio à sua indicação.
Outro nome mencionado é o de Bruno Dantas, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), embora não figure entre os favoritos.
Barroso, ao anunciar sua Aposentadoria, expressou o desejo de “seguir outros rumos” e “viver um pouco mais da vida” sem a exposição pública do cargo.
Ele também defendeu a nomeação de uma mulher para seu posto, argumentando que o público feminino perdeu espaço na corte com a Aposentadoria de Rosa Weber. Atualmente, Cármen Lúcia é a única mulher no STF. No entanto, as chances de uma indicação feminina por critério de representatividade de gênero são consideradas baixas.
Fonte: Folha de S.Paulo