Lula Realinha Cargos na Caixa: Governo Pressiona Centrão

Lula quer reorganizar cargos na Caixa Econômica Federal e pressionar partidos do Centrão. Entenda a movimentação política e os impactos.
Cargos na Caixa Econômica Federal — foto ilustrativa Cargos na Caixa Econômica Federal — foto ilustrativa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tome providências para reajustar indicações políticas em cargos de alto escalão na Caixa Econômica Federal. A iniciativa visa pressionar partidos do Centrão que não têm apresentado apoio consistente ao Governo, apesar de terem ocupado posições estratégicas na estatal.

Intervenção em Cargos na Caixa

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a ordem de Lula foi clara: “agilize e mexa no vespeiro da Caixa Econômica Federal para começar”. A declaração foi feita durante participação no podcast “As Cunhãs”, onde Guimarães detalhou a pressão exercida sobre a ministra Gleisi Hoffmann. “A Gleisi disse que vai meter a faca”, afirmou o deputado, relatando uma conversa direta com o presidente e a ministra.

O atual presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Guimarães ressaltou a competência do gestor e a relação positiva com o presidente Lula, mas indicou que a indicação política é o ponto central da insatisfação.

Estrutura de Cargos e Apoio Político

Guimarães explicou que todas as nove vice-presidências da Caixa e superintendências Estaduais foram preenchidas por meio de indicações políticas. Cada uma dessas posições detém um “poder extraordinário”, segundo o deputado. Partidos como PL, Republicanos, PDT, Rede e Podemos possuem uma vice-presidência cada, com exceção da área do programa Minha Casa Minha Vida, que é diretamente controlada por Lula, sob a gestão de Inês Magalhães.

A ministra Gleisi Hoffmann já iniciou as ações, conforme relatado pelo deputado: “mandou tirar; já recebi telefonemas”. Essa movimentação indica um Confronto Direto com as bases aliadas que buscam manter o controle sobre esses postos.

Estratégia Eleitoral e Relação com o Congresso

Em meio a essas discussões, Guimarães percebe um novo cenário político favorável ao governo, impulsionado pela alta na aprovação de Lula, que atingiu 48% segundo pesquisa Genial/Quaest. O parlamentar sugere que o governo entre em “modo eleições 2026”, focando em poucas pautas estratégicas, como a votação do Orçamento e outros três projetos relevantes, para evitar desgastes no Congresso.

O deputado criticou a recente derrubada da Medida Provisória (MP) do IOF pelo Congresso, classificando o ato como uma tentativa de prejudicar o governo. “Fazem isso só para atrapalhar o Lula”, disse. Lula, por sua vez, manifestou o desejo de que esses parlamentares, que agora dificultam o avanço de propostas, peçam apoio em futuras campanhas.

A percepção é que Lula ajustou o passo e não hesitará em vetar propostas do Congresso, caso elas se mostrem prejudiciais aos interesses do governo. A estratégia agora é de confronto quando necessário, desafiando o Congresso a derrubar os vetos, evidenciando uma postura mais firme do presidente.

Fonte: InfoMoney

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