O líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), indicou que a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Luís Roberto Barroso será rápida. Guimarães afirmou saber “provavelmente por onde é que ele vai”, sinalizando que a decisão está próxima.
Questionado sobre o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, como um dos cotados, o deputado confirmou que o nome está na mesa e que ele, juntamente com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, apoia a indicação. “A indicação para a Suprema Corte tem que ter os predicados, mas não dá para indicar qualquer fuleragem e fazer tudo contra a democracia. O que está em jogo neste momento é não permitir qualquer ameaça ao funcionamento democrático das instituições”, declarou Guimarães, defendendo também o trabalho do ministro Alexandre de Moraes.
Candidatos Potenciais para a Vaga no STF
Além de Jorge Messias, outros nomes considerados para a posição incluem o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o ministro da Controladoria Geral da União, Vinícius Carvalho. A seleção final caberá a Lula, com avaliações sobre os requisitos e o alinhamento com os princípios democráticos.
Posicionamento sobre Reforma Administrativa
Em outra frente, Guimarães avaliou que o momento atual não é propício para a votação da reforma administrativa. Ele argumentou que, às vésperas de uma eleição e com outras pautas importantes em debate, incluir a reforma administrativa poderia gerar tensões desnecessárias. “Estamos às vésperas da eleição, com temas importantes para o País a serem votados ainda; meter a reforma administrativa em debate… Não é o momento. Vamos defender que nada disso seja tratado antes da eleição. A realidade hoje está muito tensionada.”, disse.
Pretensões Eleitorais e Memória Política
O líder do governo na Câmara reiterou suas aspirações eleitorais, afirmando que sua única pretensão é para o Senado e que não abrirá mão dessa candidatura. Ele mencionou ter 200 mil votos e sentir-se “senador na prática”. Guimarães também ressaltou a importância da Memória política, relembrando seu apoio a Lula durante o período de prisão e criticando aqueles que, segundo ele, se aproximaram do ex-presidente apenas em momentos de conveniência. Ele citou o pleito de 2018, onde ele e Luizianne Lins apoiaram Fernando Haddad no Ceará, enquanto outros demonstrava encantamento com a campanha de Ciro Gomes.
Fonte: Estadão
