NBA Retorna à China Após 6 Anos: Bastidores da Reconciliação

NBA retorna à China após 6 anos. Descubra os bastidores da reconciliação, o papel de executivos e as perdas financeiras após a crise de 2019.
NBA retorna à China — foto ilustrativa NBA retorna à China — foto ilustrativa

A Associação Nacional de Basquete (NBA) marca seu retorno à China esta semana, encerrando um hiato de seis anos provocado por um tweet controverso em 2019. Em Macau, a repórter de negócios do The New York Times, Tania Ganguli, desvendou os bastidores e os envolvidos na orquestração do regresso da liga ao gigante asiático.

O cenário em Macau, a capital mundial do jogo, remete à atmosfera de 2019. Naquela ocasião, jogadores da NBA observavam das janelas de seus hotéis enquanto trabalhadores removiam gigantescos banners com seus rostos. O motivo: um tweet do então gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, em apoio aos protestos em Hong Kong. A decisão da NBA de defender a liberdade de expressão de Morey irritou profundamente o governo chinês, gerando uma crise que resultou na retirada de patrocinadores e na apreensão dos jogadores quanto à possibilidade de retorno para casa.

Crise e Perdas Financeiras

A controvérsia de 2019 causou um impacto financeiro significativo para a NBA, com perdas estimadas em cerca de US$ 400 milhões apenas por aquela situação. O mercado chinês representa uma fatia colossal para a liga, que investiu décadas no cultivo de fãs de basquete no país. Portanto, a volta a Macau e a realização de jogos na China são eventos de suma importância estratégica para a NBA.

O Papel de Patrick Dumont e Joe Tsai

Quando questionados sobre a organização dos jogos, o nome de Patrick Dumont, executivo-chefe da Sands Casino e proprietário do Dallas Mavericks, surge como figura central. Em 2021, o governo chinês renegociou os acordos de concessão com os cassinos de Macau, exigindo que as empresas investissem em atividades não relacionadas a jogos, como entretenimento e esportes. Dumont viu na NBA uma oportunidade de atender a essa exigência, utilizando a arena do Venetian.

Outro nome fundamental é o de Joe Tsai, proprietário do Brooklyn Nets e presidente do Alibaba Group, um gigante tecnológico chinês com profundos laços com o governo local. Tsai dedicou tempo nos últimos anos a encontros com oficiais chineses e eventos que celebram a cultura da China. Ele declarou publicamente que o mercado chinês é de extrema importância para os Nets, mais do que para qualquer outra equipe da NBA.

Estratégia de Reaproximação

A estratégia para reconquistar o público chinês inclui iniciativas inovadoras. Os Brooklyn Nets, por exemplo, lançaram um reality show focado em competições de dança para escolher bailarinas para seus jogos em Macau. Essa abordagem demonstra o esforço em reconstruir pontes e reafirmar o compromisso com o Mercado chinês.

Apostando no Retorno

O sucesso deste retorno é crucial para as equipes da NBA. A experiência de 2019, quando a perda do mercado chinês, mesmo que temporária, foi um alerta severo, demonstra o alto risco envolvido. Há uma percepção clara de que este regresso precisa ser bem-sucedido, representando uma oportunidade ímpar para recuperar o que foi perdido e solidificar a presença da liga na China.

Fonte: The New York Times

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