O Ibovespa e o dólar futuro registraram perdas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa adicional de 100% sobre a China. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de novembro, também inclui controles de exportação sobre softwares críticos fabricados no país.
A decisão de Trump surge como resposta à postura da China, que, segundo o presidente americano, impôs controles de exportação em larga escala sobre seus produtos, uma ação considerada “extraordinariamente agressiva em relação ao comércio”.
Impacto nos Mercados Financeiros
No fechamento do Mercado futuro, o Ibovespa ampliou sua queda, encerrando com um recuo de 1,06% e atingindo 140.365 pontos. Essa movimentação acompanha a desvalorização de 0,73% observada no índice à vista durante o pregão regular.
O dólar futuro também sofreu o impacto, fechando em alta de 2,83%, cotado a R$ 5,5590. No mercado à vista, a moeda americana encerrou o dia com uma valorização expressiva de 2,38%, alcançando R$ 5,5031.
Contexto da Decisão de Trump
Em uma postagem em sua rede social, Donald Trump detalhou os motivos para a imposição da nova tarifa. Ele citou a decisão chinesa de controlar a exportação de “praticamente todos os produtos que fabrica” como um fator determinante para a ação americana. A retórica do presidente dos EUA aponta para um agravamento da guerra comercial entre as duas potências econômicas.
Análise e Próximos Passos
A escalada nas tensões comerciais entre EUA e China tende a gerar volatilidade nos mercados globais. Analistas observam com cautela os desdobramentos dessa nova medida, que pode impactar cadeias de suprimentos e a performance de empresas com forte atuação internacional. A expectativa é de que o Governo brasileiro reavalie os efeitos dessa política sobre a economia nacional, especialmente em relação às commodities e ao fluxo de investimentos. Acompanharemos de perto novas declarações e possíveis contramedidas por parte da China, que podem influenciar ainda mais o comportamento do Ibovespa e do dólar nos próximos dias.
Fonte: Valor Econômico