Pix: Falhas em bancos e provedores, não no sistema do BC, diz diretor

Diretor do Banco Central esclarece que falhas de segurança no Pix em 2024 ocorreram em bancos e PSTIs, não no sistema central do BC. Saiba mais.
Falhas de segurança Pix — foto ilustrativa Falhas de segurança Pix — foto ilustrativa

O diretor de administração do Banco Central (BC), Rodrigo Alves Teixeira, esclareceu que as recentes falhas de segurança associadas a ataques cibernéticos não tiveram origem nos sistemas da autarquia. Ele explicou que os incidentes ocorreram devido a vulnerabilidades nas próprias instituições financeiras e em seus Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs).

Falhas de Segurança e a Responsabilidade dos PSTIs

“Não foi problema dos sistemas do Banco Central. Em nenhum momento houve alguma falha dos nossos sistemas. Os ataques que ocorreram acabaram sendo falhas das próprias instituições e, muitas vezes, dos PSTI”, afirmou Teixeira durante o Festival Curicaca 2025, em Brasília. Ele destacou que dois incidentes recentes foram diretamente atribuídos a falhas em PSTIs.

Em resposta a essas constatações, o BC tem intensificado a regulamentação e a fiscalização sobre os PSTIs e os participantes do Pix. “O Banco Central primeiro reforçou as regras, os requisitos de segurança que todos os participantes devem ter, e tem aumentado a fiscalização sobre essas regras, o cumprimento dessas regras”, disse o diretor.

Segurança Robusta da Infraestrutura Pix

Teixeira ressaltou a segurança inerente à infraestrutura do Pix desde sua concepção. “A infraestrutura do Pix, desde o começo, foi pensada para ser extremamente segura e que ela, de fato, tem mostrado ser segura”, declarou.

Apesar da robustez do sistema central, ataques hackers neste ano miraram mais de R$ 1 bilhão de instituições financeiras. Um dos casos mais significativos envolveu a cooptação de um funcionário da C&M, uma PSTI que conecta bancos e fintechs ao sistema Pix. O banco BMP registrou a maior perda, de R$ 479 milhões. Outro ataque, contra a Sinqia (também conectada ao sistema financeiro), resultou no desvio de R$ 710 milhões, dos quais R$ 583 milhões foram recuperados pelo Banco Central. O ataque à Sinqia teve como principal vítima o Banco HSBC.

Pix: Inovação e Futuro do Sistema Financeiro

O diretor do BC celebrou o Pix como um marco de inovação da autarquia, com impacto direto na vida de toda a população brasileira e com significativos ganhos de eficiência para o Sistema Financeiro Nacional (SFN) devido ao seu amplo uso empresarial.

Além do Pix, o Banco Central avança em outras frentes de inovação em infraestrutura digital pública, como o Open Finance e o Drex. A expectativa é que o Drex, a moeda digital brasileira, comece a operar em 2026.

Teixeira também rebateu Críticas de fontes nos Estados Unidos, negando que o Pix tenha sido criado para competir com o setor privado. Pelo contrário, o diretor enfatizou que o Pix funciona como uma base sólida sobre a qual o setor privado pode desenvolver novas soluções. “O Banco Central cria uma estrada, ele cria pontes para que o setor privado possa usar essa infraestrutura e produzir a inovação”, concluiu.

Fonte: Estadão

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