Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (10) e no acumulado da semana. O Mercado reagiu à notícia de um acordo para cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que retirou o prêmio de risco embutido nos preços da commodity.
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No fechamento, o petróleo tipo Brent, referência mundial, com vencimento em dezembro, registrou queda de 3,81%, sendo cotado a US$ 62,73 por barril na Intercontinental Exchange (ICE). O WTI, referência americana, com entrega prevista para novembro, caiu 4,24%, alcançando US$ 58,90 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).
A ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas comerciais mais altas para produtos chineses também exerceu pressão sobre o petróleo no pregão de hoje. Tal medida poderia prejudicar a demanda global, em um cenário já marcado por temores de excesso de oferta no mercado.
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No acumulado da semana, a referência mundial, Brent, recuou 1,47%, enquanto a referência americana, WTI, apresentou uma desvalorização de 3,25%. Esse cenário de queda reflete a diminuição da percepção de risco geopolítico imediato e as preocupações com o crescimento econômico global.
Contexto Geopolítico e Comercial
O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas alivia, temporariamente, as tensões no Oriente Médio, uma região crucial para o suprimento de petróleo. A expectativa de uma diminuição do conflito sugere uma menor probabilidade de interrupções no fornecimento da commodity, levando os investidores a reavaliar os riscos.
Paralelamente, a retórica do presidente Trump sobre tarifas mais elevadas para a China adiciona uma camada de incerteza econômica. Uma guerra comercial mais intensa entre as duas maiores economias do mundo poderia desacelerar o crescimento global, impactando diretamente a demanda por petróleo. Analistas de mercado monitoram de perto os desdobramentos dessa disputa comercial.
Análise de Mercado e Perspectivas
Os analistas apontam que a combinação desses fatores — alívio em Gaza e potencial guerra comercial — cria um ambiente volátil para o petróleo. Enquanto a paz em Gaza tende a reduzir os preços, as tarifas podem, em contrapartida, limitar a oferta ou desacelerar a demanda global.
A expectativa é que o mercado continue a reagir a cada nova informação sobre os conflitos geopolíticos e as políticas comerciais. A cotação do petróleo, influenciada diretamente por esses eventos, demandará acompanhamento constante das notícias e das projeções econômicas para entender os próximos movimentos.
Fonte: Valor Econômico