O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua visão sobre negociações internacionais, utilizando a metáfora “Se achar que lamber botas te ajuda, vai cair do cavalo” para criticar abordagens submissas. A declaração ocorreu durante um evento em São Paulo, onde Lula anunciou um novo modelo de crédito imobiliário federal voltado para a classe média.
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Lula destacou a importância da soberania nacional, afirmando que o Brasil não pode depender de um único país ou do humor de seus líderes. “Não dá para a gente ficar dependendo de um país ou do humor do presidente de um país. Essa relação é importante porque no mundo ninguém respeita quem não se respeita”, ressaltou o presidente.
A relação Brasil-EUA e a negociação com Trump
O presidente mencionou uma conversa telefônica recente com Donald Trump, que, segundo ele, ajudou a restabelecer uma relação bilateral que não deveria ter sido interrompida. Lula brincou sobre sua idade em comparação com Trump, sugerindo ter mais experiência para lidar com o líder americano, mas enfatizou que o Brasil não cederá a pressões externas.
Ele orientou ministros responsáveis pela negociação com os Estados Unidos a não se preocuparem com medidas como o “tarifaço” anunciado por Trump. “Se ele [Trump] não quer comprar, a gente vai vender na China, na Ásia, em qualquer país do mundo”, declarou.
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Harmonia e divergências na diplomacia brasileira
Em relação à conversa com Trump, Lula relatou ter aconselhado que ambos transmitissem harmonia ao mundo, evitando a disseminação de discórdia. “Nós dois não podemos passar discórdia, desavença para o restante do mundo. Temos que passar harmonia”, afirmou. Ele reiterou que o Brasil não tem interesse em conflitos com os Estados Unidos e que as divergências devem ser discutidas para serem superadas, concluindo que “não tem tema proibido para conversar comigo”.
A conversa telefônica marcou o primeiro diálogo oficial após os EUA imporem tarifas sobre produtos brasileiros em julho. Na ocasião, ambos elogiaram o intercâmbio e sinalizaram um futuro encontro presencial. Fontes indicam que não houve menções ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou a sua condenação, que serviu de justificativa para as tarifas impostas por Trump.
Fonte: Valor Econômico