A descoberta de casos de intoxicação e morte por ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol gerou apreensão em parte da população brasileira. Uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que 25% dos brasileiros sentem medo de consumir qualquer tipo de bebida alcoólica, enquanto outros 14% temem especificamente por destilados, modalidade mais associada aos casos recentes.
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No total, a pesquisa aponta que 39% dos entrevistados relatam algum receio ao pensar em consumir álcool. A maioria (50%) declarou não beber, e apenas 11% afirmaram não sentir medo.
Casos de Adulteração e Investigação Governamental
O Ministério da Saúde registrou 259 notificações de intoxicação por metanol, com investigações em andamento em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. São Paulo é o estado mais afetado, com 23 casos confirmados e 148 em apuração. O assunto alcançou 93% da população, que está ciente da adulteração. Mais da metade (53%) soube que o Governo federal determinou a investigação pela Polícia Federal (PF).
A repercussão dos casos gerou debates políticos, especialmente entre o governo federal e o governo de São Paulo. A PF investiga a suspeita de envolvimento do crime organizado, ponto ainda não confirmado pelo estado.
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Responsabilidade e Confiança na Punição
Ao serem questionados sobre a origem da adulteração, 52% dos entrevistados apontaram o crime organizado como principal responsável, enquanto 35% culpam as empresas produtoras de bebidas. Apenas uma pequena parcela atribui a responsabilidade aos governos federal (4%) ou estadual (2%).
A percepção sobre a Punição dos culpados divide opiniões: 61% acreditam que os responsáveis serão penalizados, e 35% expressam ceticismo. Observa-se uma diferença regional e política: eleitores do presidente Lula demonstram maior Confiança (77%) na punição, enquanto eleitores de Jair Bolsonaro mostram menos otimismo (47%). A região Nordeste também se destaca com maior expectativa de punição (70%).
A pesquisa foi realizada entre 2 e 5 de novembro, com 2.004 entrevistas presenciais em 120 municípios, apresentando margem de erro de 2 pontos percentuais.
Fonte: Valor Econômico