Crédito Imobiliário: Novo Modelo Amplia Acesso para Classe Média

Novo modelo de crédito imobiliário busca ampliar acesso para classe média, liberando aplicação da poupança. Entenda as novas regras.
crédito imobiliário — foto ilustrativa crédito imobiliário — foto ilustrativa

Um novo modelo de crédito habitacional foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo principal de potencializar a capacidade de gerar crédito imobiliário acessível para a classe média. Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, detalhou as mudanças em uma Entrevista coletiva, destacando que a iniciativa visa impulsionar o financiamento para imóveis de até R$ 1 milhão.

Prazo de Contratos e Aplicação da Poupança

Mello explicou que o prazo médio de contratos imobiliários é de aproximadamente nove anos. Com as novas regras, o Governo está liberando a livre aplicação da poupança pelos bancos em prazos entre seis e sete anos. Essa flexibilidade permite que os bancos utilizem os recursos de forma mais estratégica, dependendo do valor do imóvel.

“Estamos modulando o tempo de utilização desse recurso que vai ficar livre para o banco utilizar a depender do valor do imóvel. É para incentivar que os bancos ofertem crédito para imóvel até R$ 1 milhão”, disse o secretário.

Ele ressaltou que a medida representa uma retomada do direcionamento de 80% da poupança para o financiamento imobiliário, um modelo já existente, mas com ajustes nos limites de valor.

“O que estamos mudando é o valor do imóvel que estava congelado em R$ 1,5 milhão para R$ R$ 2,25 milhões. Os bancos já fazem hoje. Não tem nenhum tipo de tabelamento, isso já existe”, ressaltou.

Alterações no Compulsório e Fontes de Financiamento

Felipe Derzi, chefe-adjunto do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, informou que, neste ano, até 5% do saldo compulsório pode ser liberado para o novo modelo de crédito habitacional. A expectativa é que, até o fim de dez anos, até 10% do compulsório possa ser utilizado.

O novo modelo, anunciado por Lula e pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, redefine a lógica de captação de recursos para financiamentos habitacionais via SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Tradicionalmente, 65% dos depósitos da poupança eram obrigatoriamente aplicados em crédito imobiliário, com 20% depositados compulsoriamente no Banco Central e 15% de livre aplicação.

Diante da queda nos saldos de poupança e das mudanças no Mercado financeiro, o governo elaborou o novo plano. A intenção é maximizar a poupança como fonte de financiamento. Conforme mais valores são depositados na poupança, mais crédito imobiliário será disponibilizado. Isso tende a ampliar a oferta de crédito, considerando também outras captações de mercado, como LCIs (letras de crédito imobiliário) e CRIs (certificados de recebíveis imobiliários).

Fonte: Valor Econômico

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