Governo lança novo crédito imobiliário para casa própria

Governo lança novo crédito imobiliário para casa própria com regras flexíveis. Saiba como o novo modelo afetará financiamentos e o setor da construção civil.
Moradias do 'Minha Casa, Minha Vida Rural' em Mosqueiro, Belém, representando o novo crédito imobiliário para casa própria. Moradias do 'Minha Casa, Minha Vida Rural' em Mosqueiro, Belém, representando o novo crédito imobiliário para casa própria.

O governo federal anunciou nesta sexta-feira (10) um novo modelo de linha de crédito destinado à compra da casa própria, com o objetivo de injetar mais recursos no setor e viabilizar a construção de um maior número de moradias. A medida visa expandir o Acesso ao financiamento imobiliário.

Novas Regras para Financiamento Habitacional

As novas diretrizes flexibilizam o uso dos recursos captados pelos bancos por meio da caderneta de poupança. Atualmente, 65% desses depósitos são obrigatoriamente direcionados ao crédito imobiliário, 15% são livres para outras operações e 20% ficam retidos no Banco Central como depósitos compulsórios. Com o novo modelo, o direcionamento obrigatório de 65% dos depósitos da poupança e os depósitos compulsórios referentes a essa aplicação serão gradualmente eliminados.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, explicou que a ampliação do uso dos recursos da poupança, combinada com captações de Mercado pelas instituições financeiras, garantirá mais fundos para o crédito imobiliário sem a necessidade de elevar as taxas de juros.

A intenção é liberar gradualmente os recursos hoje retidos no BC, aumentando a oferta de crédito habitacional. A medida tem foco nas operações dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), beneficiando a classe média e, consequentemente, estimulando o setor de construção civil e a geração de empregos.

Pessoas em frente a uma casa em construção em Mosqueiro, Belém.
Moradias do ‘Minha Casa, Minha Vida Rural’ em Mosqueiro, distrito de Belém.

Aumento no Valor Máximo de Financiamento

O limite máximo do imóvel financiado no âmbito do SFH foi elevado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Em setembro deste ano, os recursos da poupança vinculados à habitação totalizaram R$ 755 bilhões, uma queda em relação ao pico de R$ 801 bilhões em dezembro de 2020. A diminuição no volume captado é atribuída à baixa rentabilidade da poupança frente ao aumento da taxa básica de juros, que favorece aplicações em renda fixa.

Competição e Acesso Ampliado ao Crédito

O novo modelo também visa aumentar a competição no mercado, incorporando os depósitos interfinanceiros imobiliários ao direcionamento. Isso permite que instituições que não captam poupança tradicionalmente também ofereçam crédito habitacional em condições similares às de outros bancos.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que a medida atende a uma parcela da população que antes ficava sem Acesso a crédito habitacional. “Acima disso [renda familiar até R$ 12 mil atendida pelo Minha Casa Minha Vida], as pessoas estavam sem alternativas. A não ser que ganhem muito bem para suportar juros de mercado”, afirmou.

Período de Transição Gradual

A transição para o novo modelo será gradual, com início ainda este ano e plena vigência prevista para janeiro de 2027. Durante esse período, o volume dos depósitos compulsórios será reduzido progressivamente, e os recursos liberados serão aplicados no novo regime de financiamento habitacional. O Governo busca maximizar a poupança como fonte de financiamento e ampliar a oferta de crédito imobiliário.

Fonte: G1

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