Dólar em queda com dados econômicos e cenário político sob holofote

Dólar cai e Ibovespa reage a dados de inflação, MP do IOF e cenário político global. Saiba os detalhes e como isso afeta seus investimentos.
Dólar e cenário político — foto ilustrativa Dólar e cenário político — foto ilustrativa

O dólar abriu o dia em queda nesta sexta-feira (10), com a moeda americana recuando 0,21% e negociada a R$ 5,3637 por volta das 09h05. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, com abertura prevista para as 10h, também aguarda o desenrolar dos acontecimentos.

Em um dia de agenda econômica brasileira com poucos destaques, os mercados voltam suas atenções para indicadores internacionais e movimentos políticos que podem impactar os ativos. Enquanto o cenário doméstico processa decisões recentes, os Estados Unidos concentram o foco com dados de Confiança e pronunciamentos de autoridades monetárias.

Cenário Internacional e Político em Destaque

Apesar da agenda econômica mais enxuta no Brasil, fatores internacionais e políticos moldam o dia. A prévia de outubro da pesquisa de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan nos EUA é um dos destaques, buscando medir o humor da população frente ao cenário econômico atual. Adicionalmente, tensões políticas no Japão e na França, somadas ao fortalecimento do dólar, aumentam a pressão sobre o real e os ativos brasileiros. Investidores também reagem ao acordo entre Israel e Hamas, que encerrou o conflito na Faixa de Gaza.

Inflação e Política Fiscal no Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, apresentou uma alta de 0,48% em setembro, segundo o IBGE. Embora seja a maior elevação mensal desde março, o índice veio abaixo das expectativas do Mercado. Em 12 meses, o acumulado chegou a 5,17%. O principal impulso para essa alta foi a energia elétrica residencial, que subiu 10,31% em setembro, refletindo o fim do Bônus de Itaipu. Três grupos registraram queda nos preços: Alimentação e Bebidas (-0,26%), Artigos de residência (-0,40%) e Comunicação (-0,17%).

Em um revés para o Governo, a Câmara dos Deputados deixou perder a validade uma medida provisória que visava aumentar tributos para impulsionar a arrecadação. A MP não chegou a ser votada em seu mérito, sendo retirada de pauta pela maioria dos deputados. Agora, o governo busca alternativas para cobrir um rombo orçamentário estimado em mais de R$ 30 bilhões para o próximo ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo avalia novas opções para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, buscando fechar o Orçamento de 2025.

Impactos Globais e Mercados Internacionais

A paralisação do governo dos Estados Unidos completa nove dias sem perspectivas de fim, após o Senado rejeitar propostas de ambos os partidos. O presidente Donald Trump ameaçou impedir o pagamento retroativo de salários para funcionários federais, enquanto cerca de 750 mil servidores já foram afastados. O Senado norte-americano falhou em chegar a um acordo em novas votações.

No Japão, a líder do partido governista, Sanae Takaichi, indicou que as decisões do Banco Central devem estar alinhadas com os objetivos do governo, sinalizando cautela quanto a aumentos prematuros de juros em meio a pressões inflacionárias de custos. Caso assuma o cargo de primeira-ministra, Takaichi pretende lançar um pacote de medidas para aliviar o impacto do iene fraco nos custos de vida, incluindo cortes no imposto sobre gasolina.

As bolsas globais operaram sem uma direção clara. Em Wall Street, a paralisação nos EUA e a ausência de sinais claros sobre política de juros do Federal Reserve pesaram nos índices, que fecharam em queda. Na Europa, as bolsas foram pressionadas por propostas de aumento de tarifas sobre aço importado e pela instabilidade política na França. As bolsas asiáticas apresentaram resultados mistos, com a China registrando altas impulsionadas por setores como semicondutores.

Fonte: G1

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