CPI do INSS: Pedido de Prisão de Presidente de Sindicato Próximo a Lula

Relator da CPI do INSS pedirá prisão de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindinapi, sindicato ligado a Frei Chico, irmão de Lula. Entenda o caso.
CPI do INSS — foto ilustrativa CPI do INSS — foto ilustrativa

O relator da CPI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), anunciou que solicitará a Prisão preventiva de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi). A entidade tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão surge após o relator sustentar que há evidências de envolvimento do sindicalista em crimes.

Evidências de Desvio e Impunidade

O deputado Alfredo Gaspar afirmou que dados comprovados pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela investigação da CPMI indicam que o sindicato teria desviado fundos destinados a aposentados e pensionistas. “E nós não podemos permitir a manutenção da impunidade. Assim como foi pedido prisão de todos os demais, faço questão de dizer que vou pedir a prisão preventiva do senhor Milton Cavalo e de muitos outros integrantes do Sindinapi”, declarou o relator.

Críticas à Atuação das Autoridades

Gaspar também criticou a postura da Polícia Federal e da CGU, que, segundo ele, já tinham conhecimento das ilegalidades cometidas pela entidade na Operação Sem Desconto, mas optaram por não agir. “Até esta data, as autoridades estavam botando a mão na cabeça do senhor Milton Cavalo e de toda a Diretoria“, acusou. Ele defendeu que o trabalho da CPI não se limitou a copiar investigações anteriores, mas sim a produzir novas evidências sobre o esquema da organização criminosa.

Silêncio e Defesa de Frei Chico

Durante seu depoimento à CPI, Milton Baptista de Souza Filho permaneceu em silêncio na maior parte do tempo, respondendo apenas a questionamentos do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) sobre a atuação de Frei Chico no sindicato. Contrariando seu advogado, o presidente do Sindinapi afirmou que o irmão do presidente Lula desempenhava apenas um papel político e de representação sindical, sem envolvimento administrativo. “Não precisei em nenhum momento solicitar a ele que abrisse qualquer porta do Governo“, declarou.

Fonte: Estadão

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