O ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua Aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF), comunicando sua última sessão plenária e a saída do tribunal na semana seguinte. A decisão, segundo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria ligada às ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
Barroso admitiu que a exposição pública da função ministerial impacta a vida de seus familiares. Seu filho, Bernardo Van Brussel Barroso, diretor do banco BTG Pactual em Miami, retornou ao Brasil após o governo de Donald Trump suspender vistos para membros do STF. O ministro ressaltou que a decisão foi amadurecida ao longo de dois anos e não teria relação direta com sanções americanas recentes.
Sanções Americanas e Repercussão Política
Apesar das declarações de Barroso, apoiadores de Jair Bolsonaro interpretaram a Aposentadoria como um reflexo das sanções americanas. As punições surgiram após articulações de Eduardo Bolsonaro nos EUA, que tem buscado, segundo relatos, convencer a Casa Branca a sancionar opositores no Brasil.
Nas redes sociais, diversas personalidades ligadas ao bolsonarismo associaram a saída de Barroso ao que chamam de “cerco” da Casa Branca a seus familiares. Comentários sugeriram que a pressão internacional e a Suspensão de vistos teriam afetado o ministro.
Contexto da Decisão e Legado
Barroso, indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2013, deixará a Suprema Corte oito anos antes do limite de Aposentadoria compulsória aos 75 anos. Aos 67 anos, sua permanência seria até março de 2033. A saída levanta debates sobre a composição futura do STF e o equilíbrio de forças na Corte.
A decisão de Barroso abre espaço para a indicação de um novo ministro, o que pode alterar o panorama das votações e decisões futuras do tribunal. Analistas apontam que o momento político e as relações institucionais entre o STF e outros poderes, nacionais e internacionais, continuam em foco.
Fonte: Estadão