Juros Futuros Caem com IPCA Abaixo do Esperado e Derrubada de MP

Juros futuros fecham em queda repercutindo IPCA abaixo do esperado e a derrubada da MP do IOF pelo Congresso. Entenda os impactos.
Gráfico de taxas de juros percentuais, indicando a queda nos juros futuros com a decisão do Copom. Gráfico de taxas de juros percentuais, indicando a queda nos juros futuros com a decisão do Copom.

Os juros futuros encerraram o pregão desta quinta-feira (9) em baixa, destoando do movimento do restante dos mercados locais e da aversão a risco no exterior. A queda foi impulsionada pela divulgação do IPCA de setembro, que veio abaixo do esperado e apresentou uma abertura mais benigna, reforçando o otimismo dos investidores quanto ao ciclo de cortes de juros do Banco Central.

Além disso, a derrubada pelo Congresso da Medida Provisória (MP) 1.303, que substituiria a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), foi recebida com alívio pelos agentes de Mercado. Havia receios sobre as mudanças na tributação de rendimentos de aplicações financeiras propostas na pauta.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2027 caiu de 14,10%, do ajuste anterior, para 14,02%. A do DI de janeiro de 2029 recuou de 13,44% para 13,34%, e a do DI de janeiro de 2031 cedeu de 13,665% a 13,595%.

Contexto Econômico: IPCA e Tensão Fiscal

A divulgação do IPCA de setembro revelou uma inflação mais controlada, especialmente na leitura de preços subjacentes. Essa notícia é crucial para o Banco Central, que utiliza esses indicadores para calibrar a política monetária. Um IPCA mais baixo sugere que a inflação está convergindo para as metas, o que abre espaço para a manutenção ou aceleração do ciclo de cortes da Taxa Selic.

Gráfico de taxas de juros percentuais, indicando a queda nos juros futuros com a decisão do Copom.
Taxas de juros futuras em queda repercutem dados econômicos e decisões políticas.

Impacto da Derrubada da MP do IOF

A decisão do Congresso de derrubar a Medida Provisória (MP) 1.303, que propunha alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), trouxe um alívio significativo para o mercado. A MP do IOF era vista com preocupação por investidores e instituições financeiras devido ao potencial impacto na tributação de rendimentos de aplicações financeiras, o que poderia afetar a atratividade de certos produtos de renda fixa.

A reversão dessa medida retira um fator de incerteza que pairava sobre o mercado, permitindo que os investidores se concentrassem mais nos fundamentos econômicos, como a trajetória da inflação e a política monetária do Banco Central. Isso contribuiu para a performance positiva dos juros futuros.

Perspectivas para a Política Monetária

Com o IPCA em trajetória favorável e a remoção de um fator de risco fiscal com a derrubada da MP do IOF, as expectativas para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) tendem a se direcionar para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário. Analistas de mercado já precificam cortes adicionais na Taxa Selic, buscando alinhar a política monetária às condições macroeconômicas atuais.

A leitura do mercado é de que a combinação de inflação controlada e a ausência de novas pressões tributárias criam um ambiente propício para que o Banco Central prossiga com sua estratégia de redução dos juros, visando estimular a atividade econômica.

Fonte: Valor Econômico

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