STF: Moraes nega citação de ex-assessor na Itália por carta rogatória

Alexandre de Moraes, do STF, nega pedido de Eduardo Tagliaferro para ser notificado na Itália por carta rogatória, mantendo citação por edital.
Alexandre de Moraes — foto ilustrativa Alexandre de Moraes — foto ilustrativa

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, indeferiu o pedido da Defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que fosse notificado sobre uma investigação por meio de carta rogatória na Itália, onde o ex-assessor reside.

A decisão, publicada nesta quinta-feira (9), confirma a citação por edital como método de notificação. Este procedimento ocorre quando a citação não pode ser realizada nos endereços declarados, sendo publicada no Diário Oficial e em jornais. A carta rogatória, por outro lado, é um pedido formal para que a Justiça de outro país execute um ato processual.

Contexto da Decisão de Moraes

Moraes argumentou que Tagliaferro dificultou sua própria notificação, o que justifica a citação por edital. O ministro citou que o próprio denunciado, em postagens nas redes sociais, confessou estar fora do território nacional com o objetivo de continuar práticas criminosas e se esquivar de responsabilidades judiciais.

Adicionalmente, a defesa de Tagliaferro solicitou Acesso a cópias de todos os pedidos judiciais contra ele, incluindo ordem de prisão, bloqueio de bens e extradição. Moraes negou o pedido, ressaltando que o processo é público e que os advogados já possuem habilitação para Acesso.

Acusações Contra o Ex-Assessor

Eduardo Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de ter vazado mensagens sigilosas entre servidores do STF e do TSE. O conteúdo vazado incluía solicitações de monitoramento de redes sociais e produção de relatórios para os inquéritos das milícias digitais e das fake news, ambos conduzidos por Alexandre de Moraes.

Os crimes imputados a Tagliaferro são violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Ele é alvo de um pedido de extradição.

Recentemente, Tagliaferro participou de uma audiência na justiça italiana, descrevendo o encontro nas redes sociais como “fantástica”.

Fonte: Estadão

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