IPCA Setembro: inflação sobe 0,48% e fica abaixo do esperado

IPCA em setembro sobe 0,48%, abaixo das expectativas, com energia elétrica como vilã. Veja o impacto no seu bolso e na economia.
IPCA setembro — foto ilustrativa IPCA setembro — foto ilustrativa
Torres de transmissão de energia elétrica no Pará 30/03/2010 REUTERS/Paulo Santos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,48% em setembro, um resultado ligeiramente abaixo das projeções de Mercado, que esperavam uma variação de 0,52%. Em agosto, o índice havia apresentado uma deflação de 0,11%. Com este resultado, o acumulado dos últimos 12 meses até setembro é de 5,17%.

A principal força por trás da alta em setembro foi o setor de energia elétrica residencial, com um aumento de 10,31%. Este item contribuiu com 0,41 ponto percentual para o índice geral. A escalada nos preços da eletricidade foi influenciada pelo fim do Bônus de Itaipu, que havia gerado uma redução nas contas em agosto, e pela continuidade da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona um custo extra nas faturas.

Gráfico da bolsa de valores brasileira B3 refletindo o movimento do mercado financeiro.
Mercado financeiro brasileiro sob a influência de indicadores econômicos.

Habitação lidera altas e impacta o IPCA

O grupo Habitação apresentou a maior variação mensal, com 2,97%, sendo o principal responsável pelo impacto de 0,45 ponto percentual no índice geral. Essa foi a maior elevação para o segmento em setembro desde 1995. No acumulado do ano, a energia elétrica já acumula alta de 16,42%, correspondendo a 0,63 p.p. do IPCA. Em uma base de 12 meses, o aumento é de 10,64%.

Outros grupos também registraram aumentos. Despesas pessoais subiram 0,51%, impulsionadas por pacotes turísticos (+2,87%) e lazer, como cinema e teatro (+2,75%). O setor de Transportes teve uma variação de 0,01%, com os combustíveis apresentando uma leve recuperação de 0,87% após uma queda no mês anterior. Etanol (+2,25%) e gasolina (+0,75%) foram os destaques positivos.

Gráfico ilustrando o impacto da variação do dólar no desempenho de investimentos.
Flutuações cambiais e seu efeito nos investimentos.

Alimentação e Bebidas recuam pelo quarto mês consecutivo

Em contrapartida, o grupo Alimentação e bebidas apresentou uma queda de 0,26%, marcando o quarto recuo consecutivo. Os preços de itens como tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%) e arroz (-2,14%) foram os que mais contribuíram para essa retração. A alimentação fora do domicílio também desacelerou, passando de 0,50% em agosto para 0,11% em setembro.

Outros segmentos que registraram deflação foram Comunicação (-0,17%) e Artigos de residência (-0,40%). Por outro lado, Vestuário (+0,63%) e Saúde e cuidados pessoais (+0,17%) tiveram elevações mais moderadas.

Serviços e Capitais: análises regionais

O índice de difusão, que indica a proporção de itens com variação positiva, diminuiu de 57% para 52%. O IBGE destacou que, desconsiderando o efeito da energia elétrica, a inflação em setembro teria sido de apenas 0,08%. No setor de serviços, o IPCA desacelerou de 0,39% em agosto para 0,13% em setembro. Já os preços monitorados pelo Governo subiram 1,87%, refletindo os aumentos na energia e na gasolina.

Na análise regional, São Luís apresentou a maior variação (1,02%), impulsionada pela forte alta na energia elétrica (27,30%). Salvador registrou o menor índice (0,17%), com quedas nos preços do tomate e do seguro de veículos.

INPC acompanha tendência

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a inflação para famílias de menor renda, subiu 0,52% em setembro, acumulando 5,10% em 12 meses. O principal impacto veio dos produtos não alimentícios, com alta de 0,80%.

Fonte: InfoMoney

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