Em meio a Críticas da oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a medida provisória (MP) que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), classificando como ‘bobagem’ e ‘pobreza de espírito’ a tentativa de relacionar a votação do texto às eleições presidenciais de 2026. A declaração ocorreu após um evento no Palácio do Planalto, onde Lula expressou o desejo de que o Congresso demonstre ‘maturidade’ na análise da proposta, que corre o risco de perder validade se não for votada nesta quarta-feira.

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Crítica à Oposição e Pobreza de Espírito
Lula rebateu a articulação de setores oposicionistas, como União Brasil e PP, que buscam barrar a aprovação da MP. ‘As coisas são feitas porque têm o momento adequado para acontecer. Quem define o prazo de votação não é o presidente, é o Congresso Nacional’, afirmou, ressaltando que a MP poderia ter sido votada antes, mas que o ritmo foi ditado pelos congressistas. Para o presidente, misturar a discussão da MP com o cenário eleitoral é uma demonstração de ‘pobreza de espírito extraordinário’.

Sem Plano B e Defesa da Tributação dos Ricos
Diante da possibilidade de a MP ser rejeitada, Lula admitiu que o Governo não possui um ‘plano B’. Ele destacou que a intenção ao enviar a medida provisória ao Congresso é sempre a aprovação, mas que, caso não ocorra, o governo terá que avaliar os próximos passos. Lula também criticou os ‘mais ricos’ por sua relutância em pagar impostos, comparando-os a trabalhadores que já contribuem com alíquotas maiores. ‘Se um trabalhador paga 27,5%, não é normal que os banqueiros não queriam pagar nem 18%’, disse, reforçando que a MP visa a uma tributação mais justa.
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Articulação Política e Apoio no Congresso
Para garantir a votação da MP, o governo exonerou temporariamente três ministros – Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), André Fufuca (esporte) e Celso Sabino (Turismo) – para que retomassem seus mandatos na Câmara e pudessem votar a favor da proposta. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou confiança na aprovação, afirmando que muitos deputados têm ‘responsabilidade com o Brasil’. Ela alertou que a não aprovação da MP colocaria em evidência quem está ‘defendendo o povo’ e quem está ‘defendendo o andar de cima’, pois a proposta visa à tributação do setor financeiro com alíquotas consideradas baixas.
Fonte: Valor Econômico