A ministra Gleisi Hoffmann criticou a chamada “mentalidade tacanha” da oposição e de setores da sociedade que buscam a derrubada da medida provisória (MP) que propõe alternativas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A articulação oposicionista preocupa o Planalto, uma vez que a MP perde validade nesta quarta-feira.
Segundo Gleisi, a oposição está agindo contra o Brasil ao tentar barrar a proposta, que visa a Justiça tributária. “Quem ganha mais tem que contribuir mais”, defendeu a ministra, apelando aos parlamentares para que votem a favor da medida, demonstrando “espírito público”.
O líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), endossou a preocupação, afirmando que o governo lutará pela aprovação da MP “até o último instante”. Ele classificou a ação oposicionista como “sabotagem”, alegando que o objetivo é isentar bets e bilionários de impostos.
Randolfe sugeriu que a “operação de sabotagem” pode estar sendo liderada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como uma antecipação para as eleições de 2026.
Randolfe fala em “sabotagem” capitaneada por Tarcísio de Freitas
“Queremos a digital daqueles que vão votar contra o Brasil. O que eles [oposição] querem é isentar bets e bilionários de impostos”, acusou Randolfe. Segundo o senador, a “sabotagem” contra a MP estaria sendo capitaneada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), adversário político de Lula e cotado para disputar as eleições presidenciais de 2026.
Se MP não for aprovada, haverá cortes em emendas, diz Randolfe
O líder do governo no Congresso alertou que a não aprovação da MP resultará no contingenciamento imediato do Orçamento público. Essa medida poderá implicar um “corte” estimado entre R$ 7 a R$ 10 bilhões nas emendas parlamentares, prejudicando diretamente as bases eleitorais dos congressistas. “Teremos que ampliar o contingenciamento, isso é inevitável”, concluiu Randolfe.
O Planalto se mobilizou com a proximidade do vencimento da MP, reunindo Lula com os líderes do governo no Congresso, Jaques Wagner (PT-BA) e José Guimarães (PT-CE), para discutir estratégias de aprovação.
Fonte: Valor Econômico