A Medida Provisória (MP) que estabelece alternativas para o IOF enfrenta forte oposição no Congresso. Após reunião, a bancada do PSD decidiu orientar seus deputados a votar contra a proposta. O Partido Liberal (PL) já confirmou que fechará questão em relação à medida. União Brasil e PP também estão em fase de negociação, e a expectativa, segundo parlamentares, é de que ambas as legendas sigam o mesmo caminho, obrigando seus membros a rejeitarem a MP.
Operação do Governo pela Aprovação da MP
Apesar da resistência, o Governo federal está empenhado em construir o apoio necessário para a aprovação da MP, que prevê uma arrecadação de R$ 17 bilhões. A estratégia governista visa utilizar a votação como um termômetro de alinhamento político. Parlamentares que votarem contra a proposta podem ter seus indicados em cargos de empresas públicas revisados. Uma fonte próxima às negociações declarou que o objetivo é identificar aliados e opositores, ressaltando que aqueles com acordos com o governo ainda precisam votar a favor da gestão, independentemente de arranjos para 2026.
A articulação para a derrubada da MP, segundo Gleisi Hoffmann, tem sido vista como uma “mentalidade tacanha” da oposição. Paralelamente, Paulinho informou a conclusão das negociações do PL da dosimetria, com Alcolumbre sinalizando o desejo de sugerir ajustes.
Impacto Político e Econômico da Rejeição da MP
A rejeição da Medida Provisória do IOF pode ter implicações significativas no cenário político e nas contas públicas. A perda de arrecadação estimada em R$ 17 bilhões pode forçar o governo a buscar outras fontes de Receita ou a contingenciar gastos. Do ponto de vista político, a capacidade de mobilização das bancadas em torno de uma pauta de interesse do Executivo é um indicador importante da força do governo no Congresso. A sinalização de fechamento de questão por parte de partidos como PL e PSD demonstra a polarização e a dificuldade em obter consensos para temas de impacto financeiro.
A articulação política em torno da MP do IOF também reflete as complexas negociações para a formação de bases de apoio para o governo, especialmente em um ano que antecede eleições, como mencionado na orientação de votação para 2026. A aprovação ou rejeição pode influenciar a distribuição de cargos e a relação entre o Executivo e o Legislativo.
Fonte: Valor Econômico