MP do IOF: Governo arrisca derrota com votação apertada na Câmara e Senado

Senador Renan Calheiros alerta sobre risco de derrota do governo na votação da MP do IOF. Proposta de aumento de arrecadação passou por apenas um voto em comissão.
MP do IOF — foto ilustrativa MP do IOF — foto ilustrativa

O governo federal enfrenta um risco iminente de derrota na votação da Medida Provisória (MP) 1303, que visa aumentar a arrecadação e é considerada crucial para as finanças públicas. O alerta foi emitido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que revelou que a proposta obteve aprovação na comissão mista por uma margem mínima de 13 a 12 votos. “Ganhamos com uma votação muito apertada”, declarou Calheiros em Entrevista.

Cenário de Dificuldade no Congresso

Com base nesse resultado apertado, o senador previu um cenário de dificuldades para o Planalto nas próximas etapas de tramitação. “O que significa dizer que será apertada a votação na Câmara e será apertada a votação no Senado também”, afirmou o senador em Entrevista ao Estudio i.

Impacto da MP 1303 nas Contas Públicas

A MP 1303 é uma das principais estratégias da equipe econômica para impulsionar a arrecadação. A medida prevê o fim da isenção do Imposto de Renda para investimentos como LCI e LCA, além de um aumento na taxação sobre debêntures e fintechs. Renan Calheiros, que presidiu a comissão mista encarregada de analisar a MP, ressaltou a relevância da proposta para o equilíbrio fiscal do governo. Segundo ele, o projeto contempla um corte de despesas na ordem de R$ 15 bilhões e um acréscimo de Receita estimado em R$ 20 bilhões.

“É uma Medida Provisória fundamental para fechar as contas do governo”, afirmou o senador.

Contradições e Batalhas Políticas

Além da apertada votação na comissão, Renan Calheiros destacou uma contradição política que pode complicar ainda mais a situação do Governo. Ele lembrou que o projeto que concede isenção do Imposto de Renda para pessoa física, recentemente aprovado na Câmara e relatado por seu adversário, o deputado Arthur Lira (PP-AL), incluiu isenções para os mesmos fundos de investimento que a MP 1303 agora pretende taxar. Essa divergência pode gerar um novo embate entre as Casas Legislativas e os líderes políticos envolvidos.

“Esse é um aspecto que vai eventualmente ser analisado no Senado Federal do ponto de vista da lei de responsabilidade fiscal”, alfinetou, indicando um novo campo de batalha entre as duas Casas e os dois políticos.

Fonte: G1

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade