O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), acusou nesta quarta-feira (8) a oposição de sabotar o Brasil com articulações contra a Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF. Farias admitiu que existe um risco real de a MP não ser aprovada pelo Congresso Nacional, o que poderia impactar negativamente o Orçamento brasileiro.
Segundo o líder petista, a elaboração do texto pelo relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), foi fruto de um acordo com os parlamentares. No entanto, ele aponta que pressões políticas estariam prejudicando a aprovação.
Lindbergh Farias classificou a suposta articulação contra a MP, envolvendo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como um movimento contra os interesses do país. “É um movimento claro contra o Brasil“, declarou.
O deputado alertou que a reprovação da MP pode levar o Governo a editar novas medidas arrecadatórias, possivelmente mais prejudiciais para os setores afetados. “Em vez de um bom acordo, pode estar cavando uma medida unilateral do governo que pode prejudicar eles muito mais”, afirmou.
Tarcísio de Freitas nega interferência na MP do IOF
Em contato com o Valor, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou qualquer tipo de interferência nas discussões sobre a MP do IOF. “Não sou de interferir nesses assuntos. Estamos muito focados em uma série de questões aqui [em São Paulo]”, respondeu.
A articulação em torno da MP do IOF tem gerado debates acalorados no Congresso, com o governo buscando garantir a aprovação da medida para equilibrar as contas públicas e a oposição levantando questionamentos sobre os impactos econômicos e fiscais. A definição sobre o futuro da MP é aguardada com atenção pelo mercado financeiro e pelos setores produtivos.
Fonte: Valor Econômico
