Dólar sobe com cautela do mercado sobre MP do IOF e sinais do Fed

Dólar sobe com investidores atentos à votação da MP do IOF no Brasil e aos sinais do Fed nos EUA. Pesquisa Quaest mostra aprovação de Lula em empate técnico. Saiba mais.
Dólar abre em alta — foto ilustrativa Dólar abre em alta — foto ilustrativa

O dólar iniciou o dia em leve alta nesta quarta-feira (8), cotado a R$ 5,3542. Investidores acompanham de perto as movimentações nos cenários político e econômico, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Enquanto decisões internas geram incertezas sobre o compromisso fiscal do governo brasileiro, a atenção internacional se volta para os sinais do Federal Reserve (Fed) em meio à paralisação de dados oficiais.

Atenção à MP do IOF e Cenário Fiscal Brasileiro

No Brasil, a votação da Medida Provisória 1.303 é o principal foco do dia. A proposta, que surgiu como alternativa ao aumento do IOF, sofreu alterações que, segundo parte do mercado, podem indicar um afastamento do governo da meta fiscal. A proposta precisa ser aprovada no Congresso até o fim do dia para não perder a validade.

A MP foi editada em junho e negociada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A aprovação é considerada essencial pela equipe econômica para o fechamento do Orçamento do próximo ano. Uma queda na arrecadação esperada pode forçar o governo a refazer o planejamento fiscal.

“O Governo vai ter que fazer concessões, está claro isso. Está tentando salvar entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões”, comentou o líder do PT, Lindbergh Farias, sobre a necessidade de ajustes no texto.

Se o texto perder a validade, o governo perderá parte da arrecadação prevista para 2026.

Gráfico do desempenho do dólar em 2025, com foco na sua alta inicial no dia 8 de outubro.
Gráfico do desempenho do dólar em 2025.

Pesquisa Quaest: Aprovação de Lula em Empate Técnico

A percepção sobre o governo brasileiro também ganhou destaque com a nova pesquisa Genial/Quaest. A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 48%, contra 49% de desaprovação. Este é o melhor resultado desde janeiro, com um empate Técnico que não era visto há meses.

No início do ano, os indicadores de aprovação e desaprovação estavam empatados em 47% e 49%, respectivamente. A diferença de um ponto percentual é a menor desde dezembro de 2024. Entre fevereiro e setembro, a desaprovação predominou, com um pico de 17 pontos de diferença em maio.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas e aponta tendências em diferentes grupos demográficos, com destaque para o retorno da aprovação feminina e católica ao patamar de Liderança.

A pesquisa também abordou o encontro de Lula com o ex-presidente Donald Trump na ONU, indicando que 49% dos entrevistados consideram que Lula saiu mais forte politicamente, enquanto 27% acham que ele saiu mais fraco.

Gráfico comparativo da aprovação do governo Lula ao longo do tempo, destacando o recente empate técnico.
Comparativo da aprovação do governo Lula.

Sinais do Fed e Paralisação nos EUA

Nos Estados Unidos, a atenção dos investidores se volta para a ata da última reunião do Federal Reserve, que indicou um novo corte de juros. Com a paralisação do governo americano em seu sétimo dia, a divulgação de dados econômicos foi suspensa, aumentando a importância da ata e das falas de dirigentes do Fed.

Dois membros importantes do Fed, Neel Kashkari e Michael Barr, têm pronunciamentos agendados. Seus discursos podem fornecer novas pistas sobre os próximos passos da política monetária americana, impactando os mercados globais.

A paralisação do governo dos EUA já afeta diversos serviços públicos e pode levar à demissão de milhares de funcionários federais caso o impasse se prolongue.

Imagem ilustrativa de prédios governamentais nos EUA, em referência à paralisação do governo.
Paralisação do governo nos EUA.

Mercados Globais e o Ouro em Patamar Recorde

O ouro ultrapassou a marca de US$ 4 mil por onça-troy, impulsionado por instabilidades políticas globais, como a renúncia do primeiro-ministro francês e a eleição de Sanae Takaichi no Japão. Esses eventos aumentaram a busca por ativos considerados mais seguros.

No Japão, a perspectiva de aperto na política monetária contrasta com o histórico de juros baixos. Na França, a instabilidade política soma-se à dificuldade em aprovar o orçamento, aumentando o risco de perda de governabilidade.

Além do cenário político, a política comercial de Donald Trump e a expectativa de cortes de juros pelo Fed já vinham impulsionando o metal. Em Wall Street, os índices fecharam em queda, com investidores focados nas falas de autoridades do Fed.

O índice europeu STOXX 600 também operou em baixa. Na Ásia, o índice Nikkei, no Japão, atingiu uma nova máxima histórica, impulsionado por empresas de produção de chips.

Gráfico mostrando a cotação do ouro, que atingiu um patamar recorde, com influência de fatores globais.
Ouro atinge cotação recorde.

Fonte: G1

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