Um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou um ato em Defesa da anistia para o ex-mandatário e outros condenados por supostas tentativas de golpe de Estado. A manifestação, batizada de “caminhada pela anistia”, ocorreu na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com destino ao Congresso Nacional.


Presença de Parlamentares e Mensagem aos Apoiadores
Um dos primeiros a discursar foi o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Ele destacou a importância da mobilização, afirmando: “Não tem sido fácil. Assim como ele (Bolsonaro) não baixou a cabeça, nós não vamos baixar a nossa cabeça.” O senador incentivou os presentes a serem “atores ativos em mais um ato pela anistia para que o Congresso ouça a nossa voz”. Apesar de haver negociações para a redução de penas de condenados, e não uma anistia geral como defendido pelos bolsonaristas, Flávio Bolsonaro declarou que “estamos a um passo de conseguir aprovar essa anistia”.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) também se manifestou, reforçando a demanda por uma anistia ampla: “Nós não queremos qualquer coisa. Nós queremos Bolsonaro. Nós não queremos dosimetria. Nós não queremos redução de pena. No Brasil já teve muitas anistias.”

Estratégia de Mobilização e Comparação com Atos da Esquerda
O pastor Silas Malafaia, investigado pela Polícia Federal em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por coação no curso do processo contra Bolsonaro, utilizou um vídeo para convocar apoiadores. Malafaia ironizou as manifestações recentes da esquerda, que contaram com a participação de artistas, e afirmou que, no ato bolsonarista, “os artistas são as famílias das pessoas injustiçadas”. A organização do ato em um dia útil foi admitida como modesta, mas citaram uma mobilização semelhante no início do ano que reuniu um número considerável de apoiadores.
Contexto Político e Impacto no Bolsonarismo
O movimento ocorre em um cenário de articulações políticas para o ex-presidente. Aliados de Jair Bolsonaro viram a esquerda ocupar as ruas em Protestos contra a PEC da Blindagem, que foi aprovada na Câmara com apoio bolsonarista e arquivada no Senado. Paralelamente, o governo Lula avança em pautas como a isenção do imposto de renda, um trunfo eleitoral para 2026.
A expectativa é que o projeto de lei a ser votado no Congresso proponha redução de penas em vez de anistia ampla, o que manteria Bolsonaro preso, mas por menos tempo. Em outro desenvolvimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu primeiro diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um avanço diplomático que pode ter implicações para a política externa brasileira e a imagem internacional do Governo.

Fonte: InfoMoney