O Brasil alcançou um marco histórico em setembro com a exportação de carne suína, registrando o maior volume mensal de sua história. Foram embarcadas 151,6 mil toneladas, um crescimento expressivo de 25,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Este desempenho notável foi impulsionado pela forte demanda de mercados como as Filipinas, Japão, Vietnã e México, consolidando o país como um player global relevante no setor.
A receita gerada por essas exportações também atingiu um novo Recorde em setembro, somando US$368,4 milhões, o que representa um aumento de 29,9% em relação a setembro de 2022. Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que a demanda pelas Filipinas, principal destino, não é o único fator de crescimento. Ele ressaltou a expansão contínua em mercados estratégicos e previu que o ano de 2024 fechará com resultados recordes.
Crescimento expressivo com as Filipinas e diversificação de mercados
As Filipinas foram o principal impulsionador do aumento, importando 49 mil toneladas de carne suína brasileira em setembro, um salto de 73,9%. Outros destinos importantes incluem a China (13,6 mil toneladas, com queda de 18,2%), Japão (11,4 mil toneladas, +32,4%), Vietnã (9,6 mil toneladas, +39,8%) e México (9,6 mil toneladas, +55,8%). Mercados como Chile (-13,7%), Hong Kong (-5,3%), e Cingapura (+2,2%) também figuraram na lista de destinos.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o volume exportado de carne suína cresceu 13,2%, totalizando 1,121 milhão de toneladas. A receita nesse período aumentou 24,6%, alcançando US$2,702 bilhões. As projeções da ABPA para 2025 estimam um volume de exportação de até 1,45 milhão de toneladas, superando as 1,353 milhão de toneladas previstas para 2024.
Frango e bovinos também mostram força nas exportações
O setor de carne de frango também registrou um desempenho positivo em setembro, com embarques totais de 482,3 mil toneladas. Este resultado é o melhor mensal dos últimos 11 meses, sinalizando uma recuperação após os impactos da gripe aviária em maio. Apesar de uma queda de 0,6% em relação ao ano anterior, a expectativa é de retomada dos volumes para a União Europeia a partir de outubro.
A África do Sul emergiu como o principal destino mensal para o frango brasileiro, com 38,7 mil toneladas exportadas em setembro (+35,9%). Outros destinos significativos incluem Emirados Árabes Unidos (37,2 mil toneladas, -10,2%), México (37,1 mil toneladas, +55,5%), Japão (36,4 mil toneladas, -0,2%), Arábia Saudita (35,7 mil toneladas, +19,2%), Filipinas (32,3 mil toneladas, +103,2%) e Coreia do Sul (25,7 mil toneladas, +229,8%).
A receita de exportação de carne de frango em setembro foi de US$857,9 milhões, uma queda de 10,1% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, os embarques somam 3,876 milhões de toneladas (redução de 1%), e a receita recuou 1,5%, totalizando US$7,2 bilhões.
O setor de carne bovina também apresentou recordes de exportação em setembro, com diversificação de mercados, acompanhando o bom momento do agronegócio brasileiro.
Fonte: InfoMoney