Lula contesta indicação de Derrite para Lei Antifacção; Câmara promete análise técnica

Lula questiona Arthur Lira sobre indicação de Derrite para Lei Antifacção. Presidente da Câmara promete análise técnica e descarta equiparação a terrorismo.
Lei Antifacção — foto ilustrativa Lei Antifacção — foto ilustrativa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou descontentamento ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, sobre a escolha de Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo, para relatar o projeto de lei do governo que visa combater facções criminosas. Lula preferia um nome neutro para a condução do debate.

Arthur Lira assegurou a Lula que Derrite conduzirá os debates de forma técnica e que a proposta governamental de equiparar organizações criminosas a terroristas não será apensada ao texto. A decisão de Lira em indicar Derrite, que é aliado do governador Tarcísio de Freitas e potencial adversário político, gerou incômodo no Palácio do Planalto.

Fontes indicam que Lula estava insatisfeito com a escolha, visto que o Governo e a direita política estão em lados opostos na discussão. Lira, no entanto, argumentou que Guilherme Derrite foi escolhido para tratar do tema de segurança pública de maneira aprofundada e técnica.

Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo.

Análise Técnica e Exclusão de Terrorismo

O presidente da Câmara dos Deputados garantiu a Lula que o projeto do governo não incluirá a classificação de organizações criminosas como terroristas. Essa equiparação é uma preocupação do governo Lula, que vê nela uma brecha para intervenção estrangeira no Brasil sob o pretexto de combate ao terrorismo.

Arthur Lira informou que solicitou a Guilherme Derrite a divulgação antecipada de seu relatório sobre o projeto de Lei Antifacção, permitindo ao governo analisar o conteúdo previamente. Ele também sugeriu que o Ministério da Justiça realize uma análise detalhada da proposta.

Debate sobre Lei Antifacção

O projeto de Lei Antifacção tem gerado intensos debates no Congresso Nacional. A indicação de um nome político e com histórico em segurança pública, como Guilherme Derrite, para relatar a matéria, intensifica as discussões sobre o viés que o texto poderá tomar.

A expectativa é que, sob a condução técnica prometida por Arthur Lira, o projeto avance nas próximas semanas, buscando um equilíbrio entre o combate rigoroso às facções e a preservação dos direitos individuais e soberania nacional.

Fonte: G1

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