A exchange de criptomoedas OKX lançou no Brasil o OKX Pay, uma nova plataforma global que combina uma conta digital com rendimento anual de até 10% em stablecoins e um cartão internacional em dólar. O Brasil é o primeiro país a receber este produto inovador, que visa facilitar a dolarização e o Acesso a serviços financeiros com criptoativos.
O serviço integra o OKX Pay, que permite conversões e Transferências instantâneas em stablecoins, e o OKX Card, um cartão Internacional com bandeira Mastercard. Este cartão é compatível com Apple Pay e Google Wallet e opera sobre a X Layer, a blockchain própria da OKX.
Guilherme Sacamone, CEO da OKX Brasil, destacou que o produto não terá taxa de conversão entre reais e stablecoins, nem cobrança de IOF em compras internacionais. Essa isenção de impostos e taxas visa tornar a solução mais atrativa para os usuários brasileiros.
Brasil lidera adoção de cripto e stablecoins
A escolha do Brasil como mercado piloto para o lançamento do OKX Pay e do cartão cripto se deve ao alto índice de adoção de criptoativos no país. Segundo a Chainalysis, o Brasil figura na quinta posição mundial em uso de criptos e lidera a América Latina. As stablecoins, em particular, representam mais de 90% das transações com criptomoedas no território nacional.
Uma simulação da OKX indica que o uso combinado do Pay e do Card pode gerar uma economia de até US$ 39 em taxas e impostos para uma remessa tradicional de US$ 1.000, comparado a operações de câmbio convencionais.
Hong Fang, presidente global da OKX, ressaltou que o lançamento no Brasil reflete a maturidade digital e o tamanho da comunidade cripto local. “O Brasil é o primeiro país do mundo a lançar o cartão porque identificamos aqui um uso específico e relevante. Essa decisão faz parte de nossa estratégia de ampliar a inclusão financeira e a liberdade de movimentação de recursos”, declarou.
Estrutura da conta e rendimento de 10% a.a.
O OKX Pay possibilita a conversão de reais em stablecoins via PIX, com liquidação imediata. O rendimento de 10% ao ano é calculado diariamente e creditado semanalmente, sem bloqueio para resgate. Este retorno é aplicável ao token USDG, emitido pela Paxos e regulado em Singapura.
Sacomone explicou que os rendimentos são um incentivo oferecido pela tesouraria da OKX para o uso do USDG na plataforma. “Os 10% vêm do Treasury da OKX como incentivo ao uso do USDG dentro do Pay. Mesmo que o dólar não se valorize, o rendimento é pago sobre o saldo mantido na stablecoin”, afirmou.
O benefício de 10% ao ano é válido para saldos de até US$ 10 mil por usuário. Valores acima deste limite rendem 5% ao ano. Outras stablecoins como USDC e USDT oferecem retornos de até 5% anuais. O serviço opera de forma independente da corretora, com um aplicativo próprio onde o usuário realiza a verificação de identidade e converte reais em stablecoins via PIX.
A OKX acompanha de perto o avanço da regulação de prestadores de serviços de ativos virtuais (PSAVs) no Brasil, que deve ser publicada em breve. “Estamos atentos à publicação da regulação e ao tratamento das stablecoins. A consulta pública 111 trata especificamente desse tema. Mantemos diálogo constante com os reguladores e vemos com bons olhos a busca por clareza regulatória”, concluiu Sacamone.
Fonte: Valor Econômico