Ibovespa Dispara: Setores Domésticos Lideram Alta Histórica da Bolsa

Ibovespa atinge máximas históricas com forte alta em 2025. Saiba quais setores, como o imobiliário (IMOB) e financeiro (IFNC), impulsionam a Bolsa brasileira.
Ibovespa alta histórica — foto ilustrativa Ibovespa alta histórica — foto ilustrativa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, alcançou novas máximas históricas em 2025, impulsionado por uma sequência notável de 12 pregões consecutivos de alta. O índice superou a marca simbólica dos 150 mil pontos, atingindo 154.352 pontos em seu pico.

Essa ascensão não foi isolada, mas sim acompanhada por uma valorização generalizada em diversos setores da B3. Os segmentos mais ligados ao ciclo doméstico e à queda da taxa de juros se destacaram, em contraste com setores mais expostos ao Mercado externo, que enfrentam um cenário mais complexo.

IMOB Lidera a Valorização no Setor Imobiliário

O protagonista indiscutível do ano é o Índice Imobiliário (IMOB), com uma impressionante alta de 69,01%. Esse desempenho reflete o renovado interesse em construtoras, incorporadoras e empresas de gestão de propriedades, beneficiadas pela perspectiva de redução do custo do crédito, melhora gradual da renda e aumento do consumo das famílias. A análise técnica do IMOB mostra uma forte tendência de alta, com o índice negociando próximo ao topo do ano em 1.288 pontos. Apesar de sinais de sobrecompra no IFR (14) em 71,50 pontos, a tendência primária permanece altista, com suportes em 1.217 e 1.140 pontos.

Análise técnica do Índice Imobiliário (IMOB) com destaque para a tendência de alta e máximas históricas.
Gráfico do IMOB semanal indicando a força da tendência de alta.

Setores Defensivos e Financeiros em Destaque

Os setores considerados defensivos também apresentaram forte valorização. O Índice de Utilidade Pública (UTIL) subiu 54,86%, impulsionado por empresas de energia e saneamento, atrativas pela previsibilidade de fluxo de caixa e dividendos. O Índice de Energia Elétrica (IEEX) acumula 50,85%, com o retorno do interesse de investidores institucionais e estrangeiros em ativos de infraestrutura. O Índice Financeiro (IFNC) avança 41,64%, refletindo a melhora na concessão de crédito e a recuperação da rentabilidade bancária. O Índice de Consumo (ICON) cresce 26,03%, acompanhando a Confiança das famílias e o desempenho de varejistas e empresas de serviços.

Comparativo do desempenho de diversos setores da Bolsa brasileira em 2025, destacando IMOB, UTIL, IEEX e IFNC.
Comparativo de desempenho setorial na Bolsa.

Materiais Básicos Enfrentam Desafios Globais

Em contrapartida, setores mais sensíveis ao cenário externo mostraram desempenho mais contido. O Índice Industrial (INDX) registrou alta de 6,61%, com resultados irregulares para empresas de bens de capital e manufatura. A ponta mais pressionada do ano é o Índice de Materiais Básicos (IMAT), com avanço de apenas 2,21%. Esse desempenho fraco é influenciado pela volatilidade do minério de ferro e pelos desafios enfrentados por mineradoras e siderúrgicas, segmentos altamente expostos à economia chinesa e ao comportamento das commodities. A análise técnica do IMAT indica uma tendência de baixa no médio prazo, com a Linha de Tendência de Baixa (LTB) atuando como resistência. Para uma reversão estrutural, o índice precisa romper essa LTB com volume. O IFR (14) em 61,46 pontos sugere uma região neutra.

Análise técnica do Índice de Materiais Básicos (IMAT), mostrando recuperação recente mas com LTB como resistência.
Gráfico do IMAT semanal indicando a pressão da linha de tendência de baixa.

Perspectivas para o Mercado Financeiro

As próximas decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve serão cruciais, com potencial para influenciar o fluxo de capital estrangeiro e o custo de financiamento interno. O comportamento do minério de ferro e do petróleo também continuará a ser um fator determinante para os setores de maior peso na bolsa. Apesar da forte alta recente, analistas observam que alguns índices já operam em regiões avançadas de valorização, o que pode abrir espaço para correções pontuais no curto prazo após semanas de fluxo comprador consistente.

Fonte: InfoMoney

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