Acusado do 8/1 se declara ‘refugiado político’ e interrompe Gilmar Mendes na Argentina

Acusado pelos ataques de 8/1 interrompe Gilmar Mendes em evento na Argentina, declarando-se refugiado político e negando acusações.
ataques de 8 de janeiro — foto ilustrativa ataques de 8 de janeiro — foto ilustrativa

Um dos acusados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília interrompeu a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (6), durante o Fórum de Buenos Aires, na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA).

O homem se apresentou como Simon Castro e afirmou viver como “refugiado político” na Argentina. O episódio interrompeu brevemente a conferência de Gilmar Mendes, que não respondeu às declarações de Simon.

“Não há provas contra mim. Estamos sofrendo com o crime. Muitos cometeram, sim, e aqueles que cometeram devem pagar. Mas eu, Gilmar, não. O senhor tem que ter um papel. Nem há prova de que eu tenha entrado nos prédios”, declarou Castro, referindo-se às denúncias de participação na invasão dos prédios públicos em Brasília.

O acusado agradeceu por ter sido ouvido no evento. “Sou um dos refugiados aqui na Argentina e agradeço por me receber e me ouvir. Essa é a verdadeira democracia: o poder de falar e se expressar”, disse, encerrando sua intervenção sob o silêncio do auditório.

Marcos Pereira, presidente do Republicanos
Marcos Pereira, presidente do Republicanos, participou do Fórum de Buenos Aires.

Após a fala, Simon procurou jornalistas presentes para se apresentar e negou ter cometido crimes. “Tenho uma foto com o ministro Gilmar Mendes, não sou criminoso. Se fosse, estaria armado. Eles não me revistaram aqui. Não sou terrorista, como o Brasil diz”, afirmou.

Ele declarou responder a 16 acusações criminais, incluindo terrorismo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, e afirmou não ter tido direito à Defesa.

“No Brasil não há direito à defesa. Simplesmente eles agem e não deixam a gente se defender, essa é a grande verdade”, afirmou.

Desde o início do Fórum, brasileiros que se autodenominam “exilados” vêm tentando se aproximar de jornalistas e participantes do evento para protestar contra o que chamam de “ditadura do STF”.

Ministro Gilmar Mendes palestrando em evento na Argentina
Ministro Gilmar Mendes durante sua participação no Fórum de Buenos Aires.

Contexto do Fórum de Buenos Aires

O Fórum de Buenos Aires reuniu diversas personalidades do meio político e jurídico brasileiro na Argentina. O evento, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), serviu como palco para discussões sobre temas relevantes para o Brasil, mas também se tornou um ponto de encontro para manifestações de brasileiros que se consideram perseguidos politicamente.

Denúncias de Perseguição Política

Brasileiros que se autodenominam “exilados” têm aproveitado a presença de figuras políticas e jurídicas brasileiras no exterior para expor suas queixas. Eles alegam falta de direito à defesa e perseguição política, buscando visibilidade internacional para suas causas. A interrupção de Gilmar Mendes é um reflexo dessa movimentação.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade