Ibovespa bate recorde e dólar recua após decisão do Copom e IR

Ibovespa bate recorde histórico impulsionado pela decisão do Copom de manter a Selic em 15% e aprovação da isenção de IR. Dólar recua.
Ibovespa bate recorde e dólar recua — foto ilustrativa Ibovespa bate recorde e dólar recua — foto ilustrativa

O Ibovespa renovou suas máximas nesta quinta-feira (6), alcançando 154.352 pontos no início do pregão. Posteriormente, o principal índice da bolsa subia 0,16%, aos 153.540 pontos, caminhando para o nono fechamento consecutivo de Recorde. Paralelamente, o dólar operava em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,3499.

As atenções do mercado se voltaram para a repercussão da decisão do Copom sobre a taxa Selic e para a aprovação no Senado do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR). No cenário Internacional, os destaques foram os discursos de autoridades americanas e a COP30 em Belém.

Copom mantém Selic em 15% e sinaliza cautela

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão foi unânime e marca a terceira reunião consecutiva sem alterações. Em comunicado, o BC apontou que o cenário Internacional ainda exige cautela, especialmente diante das incertezas nos Estados Unidos.

“O ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, destacou a nota do BC.

Esse patamar de 15% é o maior em quase 20 anos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a redução dos juros, argumentando que o nível elevado tem impactado negativamente a atividade econômica. No entanto, economistas do mercado financeiro já preveem o início do ciclo de corte apenas para janeiro de 2026.

Gráfico comparando Ibovespa e dólar, mostrando seus desempenhos recentes.
Ibovespa e dólar reagem a decisões de política monetária e econômica.

Senado aprova isenção de IR e eleva tributação para os mais ricos

Em outra frente econômica, o Senado aprovou o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto também estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais e eleva a taxação sobre as faixas de renda mais altas. Após a aprovação, o projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Paralisação do governo americano e impacto nos mercados globais

A paralisação do governo dos EUA atingiu seu 37º dia, tornando-se a mais longa da história do país. Os impactos econômicos se intensificam, especialmente no setor aéreo, com redução de voos em grandes aeroportos. A Falta de pessoal, devido à ausência de salários para funcionários federais, também afeta programas sociais e a segurança.

O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, teve autoridades participando de eventos ao longo do dia, com discursos que foram acompanhados de perto pelo mercado.

Nas bolsas globais, Wall Street operou com leve alta, enquanto os mercados europeus fecharam em queda, aguardando a decisão do Banco da Inglaterra sobre a taxa de juros. As bolsas asiáticas, por outro lado, registraram alta, impulsionadas pelo otimismo em relação à autossuficiência tecnológica na China.

Gráfico da bolsa de valores com barras verdes indicando alta.
Mercados globais reagem a diferentes fatores econômicos e políticos.

Temporada de balanços movimenta a bolsa

A temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre segue influenciando o desempenho das empresas na bolsa. Companhias como Petrobras, Suzano, Renner e Magalu apresentaram seus números, sendo analisados pelos investidores para avaliar o desempenho da economia corporativa no período.

Fonte: G1

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