O Brasil se mantém na segunda posição no ranking global de juros reais, reflexo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) de manter a taxa Selic em 15% ao ano. Esta é a maior taxa nominal em quase duas décadas.
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O juro real, que considera a taxa nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses, posicionou o país com 9,74% de rendimento. O relatório do MoneYou destaca que as incertezas inflacionárias persistentes, impulsionadas por gastos governamentais e pela guerra tarifária Internacional, continuam a influenciar as decisões sobre juros.
Posição Global dos Juros Reais
Enquanto o Brasil consolida sua segunda posição, a Argentina subiu para a quarta posição no ranking de novembro, com um juro real de 5,16%, ante 3,54% em setembro.
Decisão do Copom e Taxa Selic
A decisão de manter a Selic em 15% ao ano, anunciada nesta quarta-feira, marca a terceira reunião consecutiva do Copom sem alteração. A taxa atual é a mais elevada desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Juros Nominais Internacionais
Na análise dos juros nominais, o Brasil manteve a quarta posição no ranking global. A lista é liderada pela Turquia, seguida pela Argentina e Rússia.
Principais Juros Nominais:
- Turquia: 39,50%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 16,50%
- Brasil: 15,00%
- Colômbia: 9,25%
- México: 7,50%
- África do Sul: 7,00%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 5,50%
- Indonésia: 4,75%
A manutenção da taxa Selic em patamares elevados, como 15% ao ano, é uma estratégia comum de bancos centrais para controlar a inflação e atrair investimentos estrangeiros, mas também pode desacelerar o crescimento econômico.
Fonte: G1
