SP: Mercado Corporativo em Alta com Tecnologia; RJ Enfrenta Desafios

São Paulo expande mercado corporativo com foco em tecnologia e finanças, enquanto Rio de Janeiro enfrenta alta vacância e dependência do setor público.
Mercado corporativo São Paulo Rio de Janeiro — foto ilustrativa Mercado corporativo São Paulo Rio de Janeiro — foto ilustrativa

O mercado de escritórios em São Paulo demonstra um dinamismo notável, com novas empresas impulsionando a ocupação de lajes corporativas. Em contraste, o Rio de Janeiro ainda lida com desafios significativos, apresentando baixo crescimento real e alta dependência do setor público para a absorção de espaços, segundo análise de Fernando Didziakas, sócio da Buildings.

Crescimento Impulsionado pela Tecnologia em São Paulo

São Paulo se destaca por seu ecossistema empresarial diversificado, com o setor financeiro e, especialmente, a tecnologia liderando a demanda por espaços corporativos de ponta. Gestoras, bancos, corretoras e empresas de tecnologia têm ampliado sua presença na capital paulista, indicando um cenário de expansão.

Um levantamento recente da Buildings revelou que, nos últimos 12 meses, a maior parte da absorção líquida de empreendimentos classe A em São Paulo foi impulsionada por empresas em processo de expansão, que aumentaram a metragem de seus escritórios. Além disso, 10% da área absorvida foi preenchida por empresas novas na cidade, como a chinesa BYD, que inaugurou escritórios de alto padrão sem operações prévias no Brasil. Gigantes como Shopee e Amazon também têm expandido sua presença em edifícios de referência.

Gráfico ilustrando a expansão do mercado corporativo em São Paulo com foco em empresas de tecnologia.
Expansão do mercado corporativo em São Paulo impulsionada pela tecnologia.

Rio de Janeiro: Dependência do Setor Público e Vacância Elevada

No Rio de Janeiro, o cenário é marcadamente diferente. A absorção de áreas corporativas é dominada pelo setor público, com o governo do estado e a prefeitura figurando como os principais ocupantes, seja por renovações ou ampliações. O setor privado, por outro lado, ainda se caracteriza por uma alta rotatividade entre prédios, onde empresas mudam de endereço sem necessariamente aumentar sua área total ocupada.

O Rio de Janeiro ainda enfrenta uma taxa de vacância elevada em empreendimentos corporativos, superando 20% no geral e chegando a 30% no segmento classe A. Essa situação limita a capacidade de recuperação consistente dos preços de aluguel, que só se mostra eficaz em áreas muito restritas onde a demanda excede a oferta, como o Leblon. De acordo com Didziakas, ainda falta tração para um ciclo de expansão firme na cidade.

Análise de Mercado e Perspectivas

A divergência entre os mercados corporativos de São Paulo e Rio de Janeiro reflete diferentes dinâmicas econômicas e setoriais. Enquanto a capital paulista se beneficia da diversidade e do crescimento de setores como tecnologia e finanças, o Rio de Janeiro busca estratégias para superar a dependência do setor público e atrair novos investimentos privados em seus espaços corporativos.

Fonte: InfoMoney

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