XP Asset: EUA resiliente e estímulo fiscal sustentam economia brasileira

XP Asset: economia dos EUA resiliente e impulso fiscal brasileiro sustentam crescimento. Entenda as projeções e análises de Fernando Genta sobre PIB e juros.
economia dos EUA e Brasil — foto ilustrativa economia dos EUA e Brasil — foto ilustrativa

A XP Asset aponta que a economia dos Estados Unidos continua surpreendendo, demonstrando maior resiliência e um ritmo de crescimento mais forte do que o inicialmente previsto.

Fernando Genta, economista-chefe da gestora, destacou que o segundo trimestre registrou aceleração após um início de ano mais modesto, e que revisões recentes de dados indicam um desempenho ainda mais robusto. As projeções para o PIB do terceiro trimestre foram elevadas, situando-se entre 3% e 4%, o que sugere que os EUA ainda não mostram sinais de desaceleração significativa.

Apesar da expectativa de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), o cenário permanece incerto. Genta mencionou a cautela de Jerome Powell, presidente do Fed, que não garantiu novas reduções em dezembro, levando o Mercado a adiar apostas para 2026 em meio à indefinição da política monetária americana.

Um ponto de atenção adicional, segundo Genta, é o componente político na Liderança do Fed, com três diretores em disputa pela presidência da instituição.

O mercado de trabalho americano segue firme, sem indícios de deterioração estrutural. A moderação recente nas contratações é atribuída a fatores pontuais, como a redução da imigração ilegal e o impacto de tarifas comerciais, e não a uma fraqueza econômica geral.

Ele também minimizou o efeito direto da Inteligência Artificial no PIB americano, enfatizando que o motor principal do consumo é o “efeito riqueza”, impulsionado pela valorização das ações.

Atividade brasileira: resiliência e impulso fiscal

No cenário doméstico, a XP Asset observa que a economia brasileira mantém uma trajetória positiva, embora com crescimento mais moderado. O terceiro trimestre deve apresentar um ritmo mais equilibrado, após um início de semestre mais fraco, beneficiado por dados favoráveis em agosto e setembro.

A melhora do ambiente externo e a redução das tensões tarifárias entre Brasil e Estados Unidos também contribuíram para essa recuperação.

Genta acrescentou que o segundo semestre tende a ganhar força com o aumento dos gastos públicos. Após uma contração real de 2% no primeiro semestre, o Governo Federal deve expandir as despesas em cerca de 10% acima da inflação, representando um estímulo fiscal relevante capaz de sustentar o crescimento da atividade até o fim do ano.

Presidente Lula em evento com foco em políticas públicas.
Estímulo fiscal do Governo Federal é visto como suporte para a economia brasileira.

Política monetária no Brasil tende à estabilidade

Em relação à Selic, a taxa básica de juros do Brasil, o economista reforçou a visão de que o Banco Central deve manter a taxa estável por um período prolongado. Segundo ele, não há ganho significativo em antecipar cortes neste momento, e o cenário de inflação controlada, embora ainda acima da meta, justifica uma postura mais cautelosa da autoridade monetária.

As projeções da XP Asset indicam que a inflação deve encerrar o ano em torno de 3,3% a 3,4%. A avaliação é que o quadro de preços segue benigno no curto prazo, enquanto as expectativas de médio prazo continuam melhorando, mas ainda exigem atenção.

O governo dos EUA, através de um impulso fiscal, tem ajudado a sustentar a demanda interna e, consequentemente, o crescimento econômico, apesar dos juros mais altos.

A análise da XP Asset sugere que a convergência de dados positivos nos EUA e a política fiscal brasileira formam um cenário de sustentação para a atividade econômica em ambos os países.

Fonte: InfoMoney

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