O senador Fabiano Contarato (PT-ES), escolhido para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, defende que a segurança pública não deve ser vista como um tema exclusivo da direita, mas sim tratado de forma propositiva para beneficiar a população.
Despolarizando o Debate da Segurança Pública
Contarato enfatizou a importância de blindar os debates na CPI contra ideologias e disputas partidárias. “Eu acho que passou da hora do campo progressista entender que a pauta da segurança pública não é exclusiva da direita ou do movimento conservador. Passou da hora da gente falar em segurança pública de forma mais propositiva, pensando no resultado para a população”, declarou o senador.
Ele reforçou que a segurança pública é um direito fundamental de todos e um dever do Estado, ressaltando a necessidade de encontrar soluções ágeis para combater a evolução do crime organizado.
Foco da CPI e Descarte de Pirotecnia
O presidente da CPI afirmou que sua gestão priorizará a seriedade e a complexidade do tema, buscando respostas concretas para a sociedade. “Eu tenho minha consciência muito tranquila de que vou blindar esta comissão parlamentar de inquérito de qualquer pirotecnia, de qualquer discussão ideológica partidária, porque a segurança pública é um tema sério, complexo, que exige uma resposta para a população”, disse Contarato.
Ele negou que a comissão tenha como foco inicial ouvir criminosos detidos, como um dos líderes do Comando Vermelho (CV). A estratégia é investigar as causas profundas da insegurança e as falhas na atuação do Estado.
Próximos Passos da CPI
A comissão já definiu a convocação de autoridades chave para prestar depoimento. Serão ouvidos ministros, governadores, secretários Estaduais, o chefe da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa. O objetivo é obter um panorama abrangente sobre a atuação do crime organizado e as estratégias de combate.
Fonte: Estadão