O Banco Central (BC) decidiu desligar a plataforma de tecnologia de registro distribuído (DLT) que foi utilizada nas primeiras duas fases do Drex. A decisão atende a um pedido do mercado, que alegou Custos elevados de manutenção. Paralelamente, as discussões sobre a continuidade e os rumos da fase 3 do projeto devem começar no início de 2026.
As novidades foram comunicadas em uma reunião entre representantes do Banco Central e dos consórcios participantes do Drex, realizada nesta terça-feira. A medida visa otimizar os recursos e direcionar os esforços para as próximas etapas de desenvolvimento da moeda digital brasileira.
Próximos Passos do Drex: Tecnologia Agnóstica e Privacidade
Na fase 3, o foco será a continuidade dos estudos sobre casos de negócio para o Drex, adotando uma tecnologia de arquitetura considerada agnóstica. As soluções de privacidade testadas nas fases iniciais não alcançaram plenamente o objetivo de garantir a confidencialidade das operações, o que exigirá novas abordagens.
O objetivo futuro do Drex é estabelecer um ambiente interoperável para ativos tokenizados. A expectativa é que a moeda de liquidação das transações seja uma moeda do Banco Central, promovendo maior segurança e eficiência. Uma das ideias centrais é que a tokenização de ativos simplifique o uso desses ativos como garantia em operações de crédito, por exemplo.
Testes e Relatórios das Fases Iniciais do Drex
Na primeira fase do programa, o BC recebeu 36 propostas para testar as funcionalidades de privacidade e programabilidade. Já na segunda fase, foram selecionados 13 projetos para testes práticos, incluindo operações de crédito colateralizado em Certificados de Depósito Bancário (CDBs). O relatório consolidado da segunda fase está previsto para ser publicado no início de 2026.
O desenvolvimento do Drex, iniciativa pioneira do Banco Central, visa modernizar o sistema financeiro brasileiro, introduzindo novas tecnologias e modelos de negócios no Mercado de pagamentos e ativos digitais. A colaboração entre o BC e o setor privado tem sido fundamental para o avanço do projeto.
Fonte: Valor Econômico