A Comissao Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para apurar a atuação do crime organizado no Brasil elegeu o senador governista Fabiano Contarato (PT-ES) para a presidência do colegiado. A escolha ocorreu em votação apertada, por 6 votos a 5, após impasse entre governo e oposição para definir quem ocuparia o posto principal.
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Impasse na Presidência da CPI
O Planalto conseguiu a posição que comandará os trabalhos da comissão após negociações infrutíferas. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi o adversário de Contarato na disputa pela presidência e ficou com a vice-presidência. A instalação da CPI foi determinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), como resposta ao debate sobre segurança pública provocado pela operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV).
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Compromisso com a Seriedade e o Combate ao Crime
Em seu discurso após a eleição, Fabiano Contarato afirmou que liderará os trabalhos “com seriedade e sem pirotecnia”. “Esse problema tem que ser enfrentado com seriedade e sem pirotecnia. Quando o Estado está ausente, o medo se instala e aí se permite qualquer coisa. Não se tenha dúvida do meu comprometimento com essa CPI“, declarou o senador.
A escolha de Contarato, que é delegado de polícia e professor de direito constitucional, é vista pelos governistas como uma estratégia para diminuir a resistência da oposição em ter um aliado do Planalto no comando. Mesmo com a eleição de Contarato, o senador Marcio Bittar (PL-AC), da oposição, declarou que apoiaria o novo presidente dos trabalhos.
Alessandro Vieira será o relator da CPI
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), conhecido por seu perfil independente e por votações alinhadas ao governo, será o relator da CPI do Crime Organizado. Vieira defende um trabalho Técnico na comissão e uma postura mais dura no combate ao crime organizado do que a usualmente apresentada pelo Poder Executivo. A definição do relator é crucial para o direcionamento das investigações e para o impacto que a CPI poderá ter na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Valor Econômico
